Você, mulher, já foi uma menina. E foi ensinada desde muito cedo a ignorar sua interioridade, forças e poderes. Você pode ter crescido, e batalhado por seu espaço e independência. Mas para isso, precisou abdicar muito de si mesma.

Até que chega um momento em que se torna difícil continuar. Você não se sente boa o bastante. E o mundo parece estar sempre abocanhando cada fração das suas forças.

Falta potência e rumo no trabalho. Os relacionamentos ficam áridos. A maternidade se torna exaustiva. O corpo passa a enviar um problema de saúde atrás do outro.

Você sabe que é hora de mudar sua história. Mas como? O buraco é muito mais fundo. O patriarcado distorceu os antigos mitos que nos ensinavam sobre o despertar da mulher. Sobre suas forças, seus caminhos, suas ferramentas e dons.

Não se enganem, mitos são poderosos. Eles norteiam a consciência. E foi sabendo disso que o patriarcado cuidou de erradicar esse conhecimento da nossa educação.

A repressão do feminino trouxe um enorme desequilíbrio ao mundo. E adoeceu a nossa vida interior, de todos nós.

Sem os mitos, sem a consciência original, perdemos o “como”, as ferramentas para poder efetuar as mudanças que tanto precisamos.

Chega. Está na hora de desvendar aquilo que não nos ensinaram. Esses conhecimentos têm dupla função: nos dão clareza na vida e nas decisões, mas também  devolvem o poder ao nosso inconsciente.

Nossa jornada começará com as deusas e deuses da mitologia grega. Mas eles são mais que isso. Cada um desses deuses representa um arquétipo, uma força viva do nosso inconsciente. E em seus mitos e histórias, está oculto um conhecimento muito mais antigo.

A consciência original do feminino foi dividida e fragmentada em sete deusas. Cada uma delas foi distorcida pelo patriarcado de uma forma diferente, e seu poder foi enterrado. Só conseguimos sentir a sua falta.

Nos sentimos incompetentes, uma fraude, quando nos falta Athena. Rejeitamos nosso corpo, nos sentindo inadequadas quando nos falta Afrodite. E assim vai. De falta em falta, vamos sendo colocadas à margem da nossa própria vida.

É o momento de integrar essas deusas uma a uma, desenterrar seu conhecimento e dons. Nosso próximo passo será revitalizar a energia masculina, igualmente distorcida, tanto em homens como em mulheres. Com os deuses, aprenderemos a lidar com os homens e o masculino em nossas vidas.

Isso transforma nosso íntimo, nossos relacionamentos, nossos projetos e filhos. E também transforma o mundo.