Como vou entender as “dicas” do meu inconsciente?
O inconsciente SEMPRE dá um jeito de falar conosco. Os padrões estão todos lá, bem à nossa frente. O que sim, é que precisamos aprender a enxergá-los. O interessante é que esses padrões aparecem nos sonhos, mas também aparecem no nosso dia-a-dia.
A dica aqui é tão simples que pode deixar vocês indignados! É interpretar os acontecimentos do dia-a-dia…como se fossem um sonho! Quer ver? Imagine que você sonha que está derrubando coisas.
Aí você chega pra mim, e fala: “Fran, tive um sonho curioso. Sonhei que derrubava tudo que estava na minha mão!”.
E aí, nós iríamos trabalhar juntas nesse sonho. Eu te perguntaria: “qual sua sensação no sonho?”. E você diria: “vixi, eu ficava revoltada! Tentava segurar, mas aquilo escapava”.
Olha aí, tentava segurar mas escapava. Eu te perguntaria se essa sensação das coisas escapando te fazia pensar em algo. Você pensaria um pouco, e me diria: “é, eu realmente sou essa pessoa. Tento segurar tudo. Segurar as pontas do meu relacionamento, mas não tá dando muito certo”.
Esse sonho aparentemente simples já mostrou uma coisa BEM interessante. Há uma dinâmica oposta: você, tentando segurar as coisas. E as coisas, por sua vez, tentando “escapar” das suas mãos!
E aí vai, embutido, uma super dica para entender os sonhos. Tente pensar na atitude contrária. E se você parasse de tentar segurar as coisas? Elas parariam de cair, obviamente.
AH. Agora, você chega e me diz algo um pouquinho diferente: “Fran, não sonho nada. Não lembro, não adianta. Mas…tenho derrubado muito as coisas. Tá demais, é o tempo todo!”
E agora? Faríamos o MESMO processo! Eu te perguntaria: “qual tua sensação? Ah, é de revolta? Hummm, será que você não está segurando demais as coisas?”
Aí está. Os padrões estão sempre bem na nossa frente, tentando nos mostrar o que está acontecendo. Seja em sonho, ou seja com os seus pratos favoritos. Claro que nesse segundo caso, o estrago é um pouquinho maior.
“Tá, Fran, entendi. Mas só tenho mais uma dúvida: como é que vou saber se coisa x que me aconteceu tem um recado embutido do meu inconsciente por trás? Ou se não tem nada a ver?”
Você poderia muito bem derrubar suas coisas e não dar a mínima. Nesse caso, não há envolvimento emocional seu. Você não está sentindo nada: revolta, desconforto, medo, desamparo. Nesses casos, deixamos para lá. Uma BOA parte de tudo o que te acontece no dia-a-dia (afinal, estão sempre nos acontecendo coisas) entrará nessa categoria.
MAS, quando há envolvimento emocional teu, aí sim, temos algum material do SEU inconsciente em ação. Aí entra o fato de você ter ficado aborrecidíssimo de ter derrubado, mais uma vez, sua caneca favorita. Você fica “encafifado” com aquilo, quer entender qual o motivo.
Aí sim, há o que chamamos de “material simbólico” em ação. Aquele evento tem coisas a te dizer, não só no mundo concreto, mas a respeito de questões internas suas.
Ou seja, o inconsciente fala. Seja em sonho, seja nesses eventos intrigantes do dia-a-dia. Sejam nas sincronicidades, ou até, nos sintomas! Mas esse já é um papo para um outro dia.
1 comentário em “Fran, mas eu não sonho/não lembro!”
Feliz demais pela Vida ter me trazido até a Dra. Francis, a primeira pessoa que encontrei até hoje que fala essa língua que conheço há tanto tempo dentro de mim. Desde pequena sonho muito, e sempre tive facilidade de perceber as diferentes categorias deles: sonhos do dia-a-dia, sonhos mais profundos, sonhos energéticos, espirituais e – sim – premonitórios também. Eu só tinha uma dificuldade imensa de interpretá-los, entender a mensagem contida neles. Aos poucos venho aprendendo com a Fran e compreendendo um pouco mais esse caminho que o inconsciente usa para se comunicar conosco. E quanto mais eu entro nessa toca do coelho, mais ela fala comigo. É incrível. Grata de todo o coração, doc 🙂 Seus cursos são investimentos de Vida. E esse seu novo site é um presente… Aqui, me sinto em casa.