Imaginação ativa: o que era difícil, agora ficou fácil

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Talvez você já tenha ouvido falar em imaginação ativa (mas não com essas palavras). Ou então não faz a menor ideia do que isso seja. Nesse papo vamos tirar todas as dúvidas sobre esse assunto de uma vez por todas.

Imaginação ativa, de acordo com Jung, é quando você pega um sonho e continua-o na sua imaginação, em um estado de consciência específico, super focado, diferente da nossa divagação habitual.

Por exemplo, apareceu uma figura no sonho. Na imaginação ativa, você pode fazer perguntas a essa figura, pedir conselhos. É realmente revelador.

Mas a imaginação ativa não precisa ser só uma continuação dos sonhos. Esse é só o começo. Depois é possível aplicá-la em outros casos, usar em diversas situações.

O melhor de tudo é que é possível fazer isso sem ter estudado. Afinal, Jung só trabalhou em cima de algo que já existia. Você sente quando a imaginação é diferente, mais “mágica”.

Para mim, que sou uma autêntica aluna da Corvinal, o caminho foi estudar e só depois praticar, para dali, numa lentidão irritante, me familiarizar. Mas para outros, esse é um processo naturalíssimo.

“Mas, Fran, se é tão natural assim, por que a imaginação ativa parece tão complexa nos livros? Qual o jeito certo de se fazer, afinal?” Esquece o jeito certo dos livros. Se você for ler um manual de como fazer sexo, também vai achar absurdamente difícil.

Para uma boa imaginação ativa, são necessários três elementos:

  1. Esteja presente. Respire fundo. Sinta seu corpo.
  2. Comece a imaginar o que quer que você deseje imaginar.
  3. Concentre-se nessa imaginação, com as sensações e emoções.

E lembre-se, você sabe. Eu sei. É nosso, da nossa natureza. Nós só esquecemos (e agora estamos relembrando).

Simplificando mais ainda: imaginação ativa é, basicamente, só imaginar e criar o que se quer. É simples. O segredo vem com o treino. Imagine, só imagine.

Vou dar um exemplo das minhas imaginações favoritas (pode copiar, se quiser): sempre que estou irritada / apurrinhada / sufocada, imagino um jardim de inverno, enorme de lindo, com uma fonte no centro. Começo a prestar atenção na brisa, meus pés no chão de terra. Respiro fundo.

Me sinto aquecida, protegida. Uma luzinha dourada brilha no peito. Como o jardim é imenso e cercado de muros, nada nem ninguém me atinge. Estou segura. Vou respirando fundo e sentindo o cheiro de lavanda, e o que mais tiver nesse jardim.

Isso é simples, isso é uma imaginação ativa. Não dura nem 1 minuto, posso fazer na frente de todo mundo e ninguém vai perceber. E já me sinto muito melhor. O segredo é o que acontece quando você assume a imaginação ativa como hábito. Ela vai se tornando mais poderosa.

Tem uma hora que as coisas começam a ficar muito, muito interessantes. Afinal, estamos falando de imaginação ativa. Ela atua no nosso campo energético, que está ao nosso redor. Vou contar um “causo” para ilustrar isso.

Uma amiga me contou uma vez que conheceu uma menina, e num dado momento essa minha amiga começou a prestar atenção em seu próprio campo, e viu seu corpo se fechando. Respirando fundo, prestando atenção dentro, vendo as tensões começando a se formar.

Então fez uma imaginação ativa e pensou na loba dela, saltando em sua perna, fazendo um círculo ao seu redor e rosnando. E então aquela menina tropeçou, de tanto que ela estava focada na energia da minha amiga. A menina não conseguia mais olhar para ela. E aí, com a loba, ela simplesmente esqueceu da minha amiga, e foi falar com as outras pessoas da mesa.

Para você não ficar confuso/a, pense o seguinte: atuar no nosso campo energético é algo que sempre foi nosso. Então, para NÓS, é muito simples. Da mesma forma que você consegue dar uma “ordem” pro seu braço se mexer.

Comece como uma brincadeira. Lembre-se: presença, respiração, sensações (e não só a imagem). Experimente formas diferentes, use sua criatividade. Pode ser uma caverna, ou você vestindo uma armadura, empunhando uma espada. Encare como um treino.

É só isso, um treino. Aos poucos elas ficam mais vívidas.E sabe o que é ainda mais interessante? Existe uma explicação neurológica por trás, não é só papo de bicho-grilo, “gratiluz”. Ficou curioso/a? Então já prepara o café, porque isso é assunto para uma outra conversa nossa.

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2 comentários em “Imaginação ativa: o que era difícil, agora ficou fácil”

  1. A lentidão irritante de estudar tudo e depois praticar me representou demais!
    Sigo praticando! Imaginação ativa e conversar com a Pequena Gente é um combo precioso!
    Gratidão prof! !

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