O que é ansiedade (de um jeito que você nunca viu antes)

Compartilhe esse texto via:

Ansiedade é um dos grandes transtornos emocionais do século. Talvez você já tenha passado por isso ou conheça alguém querido que foi atingido por ela.

Ter medo de tudo, sentir-se sufocada e apreensiva o tempo todo, coração disparado, tendência a pensamentos extremamente catastróficos que acabam consumindo sua energia, um sentimento horrível que vai puxando mais para baixo…

Essas são algumas formas de como a ansiedade pode se apresentar, e nem todos entendem o que é passar por isso.

Mas como podemos interpretar a ansiedade no sentido mais simbólico?

Para isso temos que entender que a ansiedade é a febre, não é a doença. E qual é a pergunta simbólica por trás da ansiedade? Na ansiedade nós devemos nos perguntar: PARA QUÊ?

Não queremos saber O QUE o sintoma está querendo falar com você. Atrás de todo sintoma existe algo desconhecido. E você precisa descobrir o que é.

Ansiedade na hora de falar com teu chefe? Investigue qual material simbólico é esse que está no teu chefe, qual material simbólico “embutido” ali: uma figura de autoridade, precisar provar seu valor etc.

Aqui a ansiedade cumpriu sua missão: fazer você perceber que material simbólico era aquele escondido – e que está definindo sua vida.

“Sou ansioso para tudo.” Então sua vida pode estar muito concreta. Tem um monte de material simbólico que você precisa conhecer e entender. Culpa em relação aos pais, projeções nos relacionamentos, pititi pototó. Tudo isso pode estar por trás da ansiedade.

E por que precisamos conhecer e entender esse material simbólico? Porque o que nós temos num quadro ansioso é uma mudança que não aconteceu. E aí o inconsciente, que sabe que você precisa dessa mudança, começa a apitar e a te incomodar. O mesmo se aplica à depressão.

Ansiedade e depressão são a febre avisando que há alguma questão que precisa ser urgentemente trabalhada.

É muito libertador olhar dessa forma: a mudança que ainda não aconteceu. Ou seja, você ainda está vivendo um padrão que não combina mais com quem você é agora. Quando movimentamos essa mudança, melhoramos esses sintomas.

Ansiedade indica que algo não está certo. É um aviso que algo está “fora dos eixos”.

E quando a gente percebe esse aviso e vai examinar a ansiedade mais a fundo, nós vemos dois padrões principais:

  1. Desconforto com alguma situação no presente. Huum, está FALTANDO algo agora.
  2. Desconforto com alguma coisa no futuro. Opa, VAI FALTAR algo amanhã.

Ou seja, ansiedade é a falta de algo.

O que a gente faz primeiro, então? Pergunta para você o que a sua ansiedade “fala”. O que ela fica repetindo? Quais são os temas centrais?

Para entender melhor isso, vamos pegar como exemplo a sombra do “tenho que dar conta de tudo”. Se ansiedade é a falta de algo, o que poderia ser aqui, então? Sentir falta de poder se sentir completa e produtiva? De se sentir útil? De se sentir segura sendo do jeitinho que é?

Nesse exemplo, se a pessoa se sentisse segura e confiante quanto a sua competência, talvez não precisasse ficar se descabelando tentando dar conta de tudo.

E é isso que a ansiedade fala. Que falta algo INTERNO, essencial para o seu bem-estar. Uma espécie de quentinho no coração de saber que “está tudo bem do jeito que está”. Uma confiança de que o que você já faz está ótimo.

Por que isso é importante?

Porque você só vai resolver a ansiedade quando achar o “algo interno que está faltando”. Tirar boas notas, botar peito ou fazer dez pós-graduações não vai resolver.

Daí você tem que ver onde atua esse padrão de “está faltando algo”. Você pode se sentir ok no trabalho, mas um cocô no campo amoroso. Ou na família. E por aí vai.

Vamos pegar um outro exemplo: quando a ansiedade é financeira, o que será que falta? Muito provavelmente falta a sensação de segurança de que você mesma é capaz de se prover.

Repare que não tem nada a ver com o quanto você tem na conta. Mas com a tua percepção da capacidade de “se virar”, de se prover, de encontrar soluções se a coisa ficar feia. Da capacidade de trabalho, de se meter em qualquer buraco e fazer o melhor possível.

Isso eu senti na pele. A minha ansiedade só foi embora quando me dei conta que eu tinha forças internas que ainda não tinham sido exploradas. E que eu poderia acioná-las se o bicho pegasse.

Foi isso que pôs fim ao meu ciclo de escassez.

Tempos atrás recebi o relato de uma seguidora que passou por isso. Ela vendia produtos artesanais em uma loja colaborativa, mas as vendas não estavam indo muito bem.

Toda vez que ela abria o sistema para conferir o que tinha sido vendido, surgia nela uma ansiedade muito grande. Ela começou a reparar nisso, e lembrou de que se há ansiedade, é sinal de escassez.

Ela então foi falar com o dono da loja que ia sair de lá. Só aí nessa atitude metade da ansiedade foi embora. No dia seguinte, o melhor de tudo: surgiu um convite para participar de uma feirinha para expor seus produtos. No outro dia, mais um convite para outra feirinha. E tudo isso com o coração muito mais leve.

Sabermos identificar os sinais de que aquela energia não está certa é algo simples, mas que pode provocar mudanças absurdas na nossa vida. Essa bússola interna sempre está lá, só precisamos nos habituar a usá-la.

A ansiedade não é negativa em si. É como abrir o armário da despensa e pensar: “M3rd@, isso está vazio. Preciso providenciar mantimentos, ir ao mercado”. A ansiedade só se torna negativa quando ficamos tentando nos livrar dela, em vez de entender O QUE ela está dizendo.

A pessoa pode fazer terapia de segunda a sexta. Enquanto ela não aprender a acessar o reino intermediário, ela se transforma muito pouco. Como dissemos no começo, a ansiedade não é a causa de nada. Ela é a consequência de um distúrbio no reino intermediário, que acaba gerando escassez.

Por isso a importância de conhecermos o reino intermediário e entender o material simbólico que está por trás da “febre”. Dessa forma, conseguiremos trabalhar a ansiedade em sua raiz.

Compartilhe esse texto via:

Inscreva-se na newsletter

Assine a minha newsletter e receba
conteúdos exclusivos por e-mail.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress