Algumas condições de saúde específicas parecem ter relação direta com o reino intermediário. Por isso a medicina tradicional tem uma enorme dificuldade com elas. Fibromialgia é uma. Endometriose é outra. O câncer é uma terceira.
Como podemos encarar a endometriose nessa perspectiva energética?
Vamos pensar na fisiopatologia da condição. Há células endometriais (do endométrio) que se implantam fora do útero. Elas podem reagir ao estrogênio e à progesterona, “menstruar”, liberar prostaglandina (que gera cólica)… Enfim, agir como uma célula endometrial. Só que no lugar errado.
O que isso significa simbolicamente? A formação de um complexo autônomo.
Ou seja, uma unidade energética que é SEPARADA da personalidade principal. E que passa a agir por conta própria, sob suas leis.
As células endometriais, têm uma característica peculiar. Como elas são relacionadas à força feminina geradora, elas têm a propriedade de CRIAR. Elas podem criar uma vida psíquica própria e independente.
São células vivas e sencientes, não esqueça disso.
Mas elas estão fora do fluxo, fora do vaso hermético que é o útero.
Quando formos ler algumas leituras sagradas do culto de Ísis e Inanna, entenderemos que, para essas sacerdotisas, o sangue menstrual era dotado de magia. Ou seja, o fluxo mágico da mulher foi FRAGMENTADO.
Quanto mais a mulher age fora da sua energia feminina principal, mais ela “alimenta” energeticamente as células endometriais, e mais grave a endometriose se torna.
Perceba que não são células cancerosas. Apenas exiladas. Ou seja, elas ainda podem ser reintegradas.
Na origem está o processo do trauma. Pode ser o abuso. Um conflito com a mãe. Um desejo de maternidade incompleto. Algo que fragmente a forma de a mulher se ver e se sentir como mulher.
Se esse trauma impacta a identidade dela, e ela se vê menos mulher por isso, menos digna do amor da deusa, isso fragmenta o fluxo mágico da energia feminina dentro dela.
Se formos pensar em termos simbólico-mágicos, seria necessário um ritual de reconexão da mulher com seu fluxo feminino central que tivesse um impacto tão profundo na psique dessa mulher quanto foi o estupro ou trauma em questão.
Ou seja, um fluxo na direção oposta (da integração), mas com potência energética equivalente.
Esse conhecimento já existiu, mas em grande parte se perdeu.
Mas não esqueçamos. O que desaparece do mundo permanece vivo no inconsciente. Ou seja, ainda estão enterradas as memórias desses saberes.
Só que, para ressuscitarmos esses saberes, as mulheres precisam despertar. Precisamos de uma “massa crítica” de mulheres que não se sintam mais “menos” ou inferiores. Que tenham ido até o inferno psíquico e voltado.
A cada mulher que desperta, ou a energia feminina num homem que desperta, é uma célula a mais desse saber que vem à tona. Até que consigamos, finalmente, restituir o corpo completo da magia feminina perdida. Isso restituirá o planeta.
Vou compartilhar um relato de uma seguidora para ilustrar. Ela contou que sempre teve ciclos irregulares, e constantemente enfrentou a dificuldade de encontrar a causa física dessa desregulação.
Ela é uma pessoa altamente sensível (mas só descobriu isso anos depois) e criou cascas e mais cascas de proteção para não sentir, deixou de ser quem ela era realmente. Os ciclos irregulares (meses sem menstruar) foram o sintoma que mostrou para ela a necessidade de se conectar com o seu feminino novamente.
Isso é muito forte, é muito profundo.
Não é à toa que os implantes endometriais são feitos na “profundidade” da pelve. Isso também simboliza que não podem ser reintegrados “racionalmente”, mas através de uma vivência energética igualmente profunda.
A cultura atual do estupro é, energeticamente, uma luta contra a deusa e o princípio da magia feminina. É uma forma violenta e poderosa de repressão psíquica.
Muitas doenças femininas virão dessa ruptura energética. Há o câncer de mama, de colo de útero… Ocorre o sintoma conforme o mecanismo do trauma energético.
E condições masculinas também. Outras doenças também, traumas energéticos de outras fontes. O repertório é infinito.
Em termos coletivos, acho que ainda estamos na fase inicial da catarse. Ainda tem (bem) mais coisa para vir à tona. Veja, por exemplo, aquele caso do anestesista que estuprou diversas pacientes.
Pelo que li, ele completou a residência em abril. Não foi questão de anos para ser descoberto. Foram meses.
E no caso de surgir a necessidade de fazer uma cirurgia para tratar a endometriose?
Posição pessoal: eu tenho um feeling muito positivo com cirurgias. São ótimas para movimentos psíquicos profundos, são “separatios”.
Transforme a sua cirurgia num ritual. Uma separação daquela energia de dor, da situação que causou o ferimento no seu feminino. É uma integração. Cirurgias já foram rituais poderosos, vamos reacender isso.
No meu círculo de alunas, temos duas cirurgiãs. E elas falam do estado psíquico alterado em que elas entram quando começa uma cirurgia. Ou seja, é possível sim invocar uma bela de uma assistência espiritual nesse momento.
E quando a mulher faz uma cirurgia de endometriose mas não muda seu padrão psíquico, a doença pode voltar?
É muito provável. Afinal, a doença NUNCA é o verdadeiro problema. Ela só está apontando onde o problema está.
É interessante observar que a cura pode acontecer de muitas formas. Para algumas, a dieta e os tratamentos naturais já são suficientes. Ou seja, isso já basta para reconectá-la à energia de si mesma.
Percebe que, aqui, a cura dificilmente acontece por uma via única. Precisamos cuidar do concreto E do sutil.
Para outras, o procedimento cirúrgico é altamente simbólico. A cirurgia resolve muitos dos implantes concretos. Agora veja como as pessoas “têm medo” da cirurgia. Porque ela também é um processo psíquico.
Agora, todos esses tratamentos são paliativos se o padrão psíquico continua o mesmo. Ou (veja que interessante, já vi isso acontecer várias vezes) os sintomas da endometriose desaparecem, mas outra coisa surge no lugar, como uma depressão.
Então veja, o sintoma (aqui estamos falando de endometriose, mas pode ser um câncer de mama, uma depressão etc) nada mais é do que uma mensagem. É uma forma do seu reino intermediário amorosamente falar com você.
É como se diz: quando a alma cala, o corpo fala.
O que o seu inconsciente está falando para você neste momento através dos sintomas?
1 comentário em “O que é endometriose (na visão energética)”
Tenho endometriose é uma dificuldade enorme descobrir as raízes que desencadearam a doença. Tenho buscado essa reconexão com o feminino, por meio de tratamentos naturais, energéticos e acesso traumas/bloqueios (ou que é possível acessar até agora. Estou empenhada a ser transformada pelo R8 e que essas mudanças consigam impactar profundamente meu reino intermediário, para também ter uma melhora de vida e saúde significativas.