Como melhorar a produção conteúdo na Internet (com a ajuda da blindagem emocional)

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Ano passado eu tive a oportunidade de participar de um mastermind voltado para produtores de conteúdo na Internet, e foi muito legal conhecer pessoas que já estão trabalhando nessa área de empreendedorismo digital há 6, 7, 8 anos… Já estão, sei lá, na décima edição de seus cursos. Têm perfis enormes no Instagram, equipe grande etc.

E, de uma forma geral, elas enfrentam um problema principal, que me chamou a atenção até para eu ficar de olho nisso em mim mesma: a exaustão de quem produz conteúdo. A pessoa cansa, perde o tesão. Isso é algo humano, surge em todas as áreas.

Basicamente, o problema está em assumir coisas demais, e coisas que não são do nosso perfil. Eu acho legal trazer isso para você, porque é um bastidor que eu também não conhecia antes.

Me lembra um pouco a medicina. A parte legal, atender o paciente, é só 30% do trabalho. Mas a gente passa um tempão preenchendo formulário, relatório, em reuniões chatas com a administração, se estressando com burocracia de plano de saúde ou SUS.

Na produção de um curso é a mesma coisa. Tem uma quantidade absurda de detalhes. Coisas que eu admito que não manjo (e também não gosto). É exatamente igual a uma empresa, é um trabalho como qualquer outro.

Durante o mastermind, eu dei uma palestra, e eles me fizeram uma pergunta que eu fiquei “putz!”, que era: “Como é o seu processo criativo? Como você produz tanto conteúdo?” Eu estava pensando como responder, e o Gabriel, meu marido, pediu a palavra. E ele disse assim: “A Fran é a pessoa que eu conheço que mais lê. É surreal”.

Mas agora que deu tempo para pensar, não é só isso.

A leitura intensa me proporciona uma coisa muito importante: um tempo de recuperação. Porque quando você está lendo, aquilo é um tempo seu, para você. Não tem persona, não tem pagar boletos, não tem “preciso disso e daquilo”.

Quando estou cansada, faço questão de ler autores atemporais.

Quando eu leio Jung, eu imagino isso. Ele construiu uma torre (não é mentira) para poder ficar sozinho. Não havia luz elétrica lá, era tudo à luz de velas. E se permitia ficar lá dentro o tempo que quisesse. O trabalho que fluía dali era consequência.

Ele é de um tempo que não existia internet, rede social, nada. Isso me dá uma sensação muito boa, me ajuda a sair desse tempo e época.

E sairmos do nosso tempo e época nos ajuda demais. Percebemos que temos uma trajetória de crescimento interior que vem de muito antes. E que continuará muito depois. Jung encontrou isso no inconsciente coletivo. Ele se conectou com autores antes dele.

Recebo diversos relatos de pessoas que sentem a energia muito pesada ao trabalhar com Internet, que têm a necessidade de gerar vínculo versus necessidade de blindagem, que estão precisando se reenergizar no processo de produção de conteúdo…

O que posso falar do que aprendi (errando bastante no caminho)?

Quando você produz conteúdo, precisa invocar sua egrégora espiritual. Lembrar que você não está sozinho. Seu conhecimento se liga a gerações no passado e no futuro. E essas mentes também não estiveram sozinhas. Peça proteção e inspiração. Se veja como parte de uma grande rede.

E aí você precisa traçar um compromisso. Que esse trabalho só veio para te fazer bem. Te alimentar. Te nutrir. Até porque temos um perigo muito grande nas redes sociais. Você sabe qual é?

Veja, rede social é campo. Esse é um exemplo de como o cérebro nos engana. Você vê uma imagem de você segurando um celular. E pensa “isso é simples”. E esquece de fazer o que você intuitivamente faria se entrasse num ambiente cheio de gente: blindagem.

É intuitivo, tá? Fazemos rituais para “entrar no trabalho”, por exemplo. Nem que seja um café, uma peça de roupa favorita. A gente se prepara. E quando termina, “encerramos”. Limpamos a mesa, pegamos o caminho de volta, tomamos um banho quando chegamos em casa.

Outro caso de campo é a terapia online pós pandemia. Antes eram horas de “ritual de preparação”: se arrumar, o tempo de deslocamento até o consultório do terapeuta, aguardar para ser chamado para a consulta. E esse período era um momento para pensar nos minutos com o terapeuta.

Agora é só colocar o despertador para lembrar da consulta, e em cinco minutos a pessoa já “está pronta”.

Ao perder o ritual, a gente não constrói o campo necessário.

As pessoas às vezes ficam meio ensimesmadas quando falo de rituais. E esquecem que nossa vida é feita de rituais. Por exemplo, acordar e já ir escovar os dentes. O ritual nada mais é do que um comportamento automatizado, que o cérebro não precisa que você fique gastando energia com aquilo.

Minha sugestão: veja o celular em sua mão como uma antena. É um campo energético. Ele se conecta com o campo de todo mundo que está acessando. Se você não mentalizar VOLUNTARIAMENTE qual frequência você quer, ele vai pegar a primeira que estiver disponível.

E geralmente vai ser de sombra. Por que as pessoas na Internet são tão agressivas? Porque a Internet dá liberdade para o conteúdo inconsciente.

Olho no olho, a pessoa engole sua agressividade, reprime sua sombra e se comporta melhor. Aqui, no digital, ela “esquece” de fazer isso. Afinal, é só um aparelhinho na mão. Que mal tem? E o inconsciente “vaza”. Vai sombra, mágoas, complexos, a bagunça toda. Isso gera muita exaustão.

Quem é produtor de conteúdo, co-produtor, gestor de tráfego, usuário, qualquer pessoa que lida com Internet (quase todo mundo hoje em dia): rituais, rituais, rituais. Abre. Escolhe a frequência. Encerra.

Muito da ansiedade de se expor (um medo frequente) tem raízes mais profundas e sérias: é o inconsciente avisando que você não tem blindagem para aquilo. Então ele “barra”, porque sabe que se não barrar, você vai se estrepar.

Crie a blindagem. Se a ansiedade passar, é o inconsciente te dizendo: “Ok, bom trabalho. Agora sim”.

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2 comentários em “Como melhorar a produção conteúdo na Internet (com a ajuda da blindagem emocional)”

  1. Eu estava pensando sobre isso ontem, passei um tempo nas redes sociais até demais e isso me sugou eu senti meu corpo pedindo para parar de mexer, inclusive na hora de ir no mercado eu não queria levar meu Cel, mas tive que levar caso meus sogros me ligassem estava com ele na minha mão e parece que ele deu um pulo e caiu no chão trincou um pouco perto da câmera, mas n chegou a danificar ela, fiquei pensando sobre isso dps, o que eu poderia fazer e hoje TARAMMMM ESSE conteúdo aqui, muito bom Fran ! obrigada

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