Como arrasar na entrevista de emprego (garantido)

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Você já participou de um processo seletivo e na hora H deu um branco? Estava insegura, nervosa, ansiosa, não sabia o que falar, como se portar?

Na Internet tem muito conteúdo sobre o que “decorar” para usar nesses momentos, mas aqui você já sabe que a gente aborda as coisas sob uma outra perspectiva, do inconsciente, e é exatamente o que vamos conversar no papo de hoje.

Em um outro café nosso, a gente já falou sobre como nunca mais passar perrengue em momentos importantes da vida (se você ainda não viu essa outra conversa, confere lá antes de continuar aqui).

Hoje a gente vai continuar nosso papo sobre esse assunto e descobrir novas dicas para arrasar na entrevista daquele emprego tão almejado.

Primeiro de tudo: o mais importante é você não entrar na entrevista sentindo como se a pessoa estivesse te fazendo um FAVOR caso resolva te contratar.

A entrevista não é um teste. Não é para ver se você é bom ou não. Não é uma avaliação. Se você olha dessa forma, isso gera escassez, ansiedade e insegurança. E os outros percebem.

A entrevista é uma oportunidade de descobrir se você e aquela empresa se conectam. Se você pode ser feliz lá, e se essa empresa pode aproveitar os dons e talentos que você tem.

E aí vem o segundo ponto: você precisa saber em que ponto da linha da vida você está.

É muito diferente dar esse conselho de entrevista de emprego para uma pessoa que acabou de se formar e para uma pessoa que já tem muita experiência e autoridade em uma determinada área.

Aí você precisa ver o seguinte: um emprego, para dar certo energeticamente, precisa te oferecer uma de duas coisas: aprendizado ou dinheiro.

Há empregos que podem pagar muito mal, mas são ótimos. Porque lá você terá uma imensa curva de aprendizado. Nesse caso, você precisa ficar atento a quando essa curva estiver chegando no fim. Quando isso acontecer, todos os sinais vão apontar para você sair – ou mudar alguma coisa lá.

Quando você está no início, tem energia de sobra. Você dará ao seu trabalho seu tempo, sua energia, sua vontade. E ganha aprendizado. Essa é uma troca energética que funciona super bem.

Mas chegará o momento em que essa dinâmica irá mudar. Você não tem mais tanto para aprender. E aí, dedicar excessivamente seu tempo, sua energia e sua vontade passará a trazer mais escassez do que prosperidade. Porque a troca passou a ser mais desequilibrada.

Se você não tem tanto a aprender num novo lugar, então a moeda precisa ser dinheiro. Ou, então, seu tempo. Esses são os empregos que te consomem menos, para que você possa desfrutar a vida de outras formas.

É essencial que você saiba o seu ponto de linha de vida. Não é cronológico, é psicológico. Quanto mais você amadurecer internamente, melhores condições aquele emprego precisa (e vai) te oferecer.

Terceiro: o que falar sobre si mesmo acerca da sua história profissional em uma entrevista (presencial ou virtual)?

O objetivo aqui é economizar glicose do cérebro de quem for te ouvir (ou assistir, se for um “vídeo currículo” de dois minutos, por exemplo). O cérebro gosta de quando ele consegue entender uma coisa rapidamente, sem precisar fazer um mega esforço. Ainda mais quando ele provavelmente deve ter dezenas de outros candidatos para analisar.

Então vamos imaginar que a pergunta desse cérebro seja: “o que essa pessoa tem que vai fazê-la perfeita para o cargo?” 

Veja, há uma ansiedade oculta aí: “Será que vou achar alguém perfeito para esse cargo? Como vou identificar essa pessoa no meio dessa montanha de currículos?”

Aqui vai uma dica de ouro: você precisa apresentar algo que seja tão simples e sucinto que esse cérebro consiga te entender sem esforço. O cérebro costuma liberar uma torrente de dopamina quando entende algo, e de forma direta. Isso gera prazer e bem-estar.

Sabendo disso, você vai falar de tal forma que o seu  vídeo currículo (ou sua entrevista presencial) vai ser o único “gostoso” no meio de vários estressantes. Pode anotar, é isso que vai fazer toda a diferença na tomada de decisão de quem for te contratar.

“E o que falar, Fran?” Você vai começar apresentando três habilidades atuais suas. Que, evidentemente, terão tudo a ver com o cargo.

Por que três? Porque sim. Duas o cérebro acha pouco. Quatro já é demais, e aí ele não lembra mais da primeira. Quando você quer ser entendido de forma intuitiva, apresente os argumentos sempre organizados em  três.

E aí você vai contar a história da construção dessa habilidade. “Isso eu desenvolvi na faculdade tal, e em seguida na pós tal e tal.” Aí você vai, em cada habilidade, trazer um conteúdo vivencial seu. “Ah, daí eu fui morar fora, aprendi a me virar com tal coisa.” Ou então: “trabalhei na empresa tal, no desafio tal. E aí dominei essa habilidade.”

Aqui vem um ponto importante: pelo amor da deusa, deixe claro que você não é só uma pilha de certificados. Ninguém quer isso.

Então, veja: “Olá, eu sou fulana. Eu domino isso, isso e isso. Desenvolvi isso (habilidade 1) na graduação (sempre comece com a graduação). A pós tal e o desafio profissional tal me levaram a estudar mais aquilo.”

Faça o mesmo com a habilidade 2. E com a habilidade 3.

Mostre que cada habilidade é uma combinação equilibrada de estudo e experiência prática. Nessa ordem: estudo → experiência → mais estudo → mais experiência.

Você se despede e termina. De preferência, antes do tempo máximo estipulado. Deixe uns 15 segundos de sobra, para mostrar que você é mais sucinta e assertiva que todos os outros candidatos. Isso vale para vídeos, mas também para entrevistas ao vivo, tá? Quem te ouvir vai pensar: “caraca, entendi”.

É isso. A pessoa precisa te entender. Como você foi construída e como você funciona. Sem precisar ter ficado pensando, porque você já ofereceu o raciocínio pronto.

Tudo isso leva ao quarto ponto: sua energia estar tranquila e leve faz toda a diferença.

Porque quem está te entrevistando está exausto. É exaustivo entrevistar uma pessoa estressada. Pense nisso, pense no outro. O seu estresse e a sua ansiedade irão provocar exaustão mental no outro.

Quando você traz leveza, você se torna o melhor momento do dia daquela pessoa. Ela vai se lembrar disso.

Lembro que quando eu estava no final da residência, fui a residente “sorteada” para a banca de entrevista dos novos residentes. E cabia a mim analisar todos os currículos.

No começo, achei legal ter uma experiência de “como é estar do outro lado”. Mas quando era 2 da manhã, e ainda tinha mais 40 currículos para analisar, eu só queria que todos morressem (brincadeira).

Teve um desses currículos, um, que estava primorosamente organizado. O candidato organizou os certificados exatamente na ordem da tabela de avaliação: primeiro os artigos publicados, depois os estágios etc. Ele já me deu toda a pontuação pronta, eu só precisei conferir.

Ele poupou meu trabalho. Me proporcionou meia hora a mais de sono. Eu não esqueci. E na entrevista fiz uma pergunta que sabia que ele iria se sair bem ao responder. Tudo é uma troca.

Faça isso na sua próxima entrevista. E aí, quando a vaga for sua, você vem me contar!

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