Ontem falei no Instagram sobre o desapego: você já percebeu que quando finalmente desapegamos de algo nós conseguimos conquistar aquilo que estávamos desejando?
Pois bem, isso acontece porque o desapego é uma forma de “mostrar” ao campo que você está pronto para receber.
Interessante, né? Mas afinal de contas, o que é campo?
O campo pode ser encontrado em todos os sistemas mitológicos. Todos, em seus próprios termos, do nórdico ao nativo norte americano, vão falar na existência de algo como o campo.
Também está na literatura espiritualista e ocultista. E, pasme, também está na ciência (física quântica etc).
Basicamente, o espaço ao seu redor não é feito “só de ar”. Mas é um campo eletromagnético (em tempo: sabe-se que o tecido nervoso é de fato um poderoso produtor de campo eletromagnético).
Esse campo é cheio de informações. Algumas você tem consciência. Muitas, não.
Jung chama de “reino intermediário”.
O cérebro, na verdade, é um excelente “leitor” do campo. Ele traduz o que o campo está transmitindo como sensações e emoções.
Você sintoniza o campo o tempo todo. Só não sabe disso. É daí que você extrai percepções como “estou desgastado”, “estou animado e cheio de energia”, “sinto angústia” ou “sinto um enorme contentamento”.
Seu inconsciente age no campo. Ponto.
Esse é o ponto de partida do Maestria do Amor: tratar do campo a dois. Quando duas pessoas se relacionam, elas CRIAM um campo.
Todas as sutilezas da relação, os entendimentos e desentendimentos, são produtos do campo. O inconsciente DOS DOIS age aqui.
Quanto menos as pessoas têm consciência do campo, mais o campo é governado por estruturas inconscientes. Que, aliás, são ótimas em arrumar confusão.
À medida que aprendemos a nos tornar mais conscientes do campo, mais conseguimos organizá-lo, e o tornamos menos suscetível às influências externas: “isso daqui sai, aqueles padrões tóxicos ali saem”.
Que doido, né? A nossa experiência mais básica na vida é o campo.
Todos os nossos relacionamentos, amores, família, clientes… são campo. As coisas que dão certo e as que dão errado. Nossas questões de saúde. Nossas camadas mais sutis. Tudo isso passa pelo campo.
Quer ver como essa história de campo está em tudo, não é uma coisa que só está dentro ou fora de mim? Por exemplo, quando eu peço para a pequena gente achar uma casa para mim, isso é um evento interno ou externo?
Você diria externo, não é? Afinal, uma casa está fisicamente fora de mim.
Mas vamos experimentar olhar diferente. Existe esse campo energético que permeia tudo. Existem casas físicas – e também casas psíquicas. Existe a Fran como matéria física, mas também existe a Fran psíquica/energética.
Quando você começa a perceber que a realidade material é só UMA das realidades, e que o nosso material emocional (desejos, intenções, medos e sentimentos) também existem numa REALIDADE, e não são só “coisas da sua cabeça”, você entrou no primeiro portal dos Mistérios.
E aí você passa a compreender que seus sentimentos EXISTEM no campo, e, portanto, eles são reais (só não são visíveis e palpáveis como o celular ou o computador que você está olhando agora).
Você começa a entender a realidade interior. O mundo interior. Você vê esse mundo e o percebe com os seus olhos interiores. E sente as informações desse reino intermediário com os seus sentidos interiores.
Quando você se sente subitamente mal, angustiado, ansioso, são seus sentidos interiores te avisando de um conteúdo do CAMPO.
A partir do momento que você consegue internalizar esse conceito de campo (que não é nem científico e nem papo de bicho grilo, mas algo À PARTE, exatamente no meio, intermediário, uma realidade própria, com leis próprias), aí sim você pode manuseá-lo.
E veja, como a sua vida é regida pelo campo, mesmo que você não perceba, aí você está pronto para desenvolver seu poder.
Esse poder pessoal (ou poder psíquico) que todo mundo fala, mas ninguém consegue definir, é a capacidade ou habilidade de manusear o campo.
Na verdade, é algo totalmente intuitivo, porque esse conhecimento sempre foi nosso. Só que crescemos na caverna de Platão, só vendo sombras nas paredes. E não acessamos esse conhecimento.
Então como acessar esse poder? Bom, manusear o campo começa com… entender alguns princípios do campo.
O campo tem o princípio caótico, o caos, e o princípio cosmético, a ordem. Eles se equilibram, porque isso mantém a existência.
Você é um integrante do campo. Ele é vivo, tal como você. Suas intenções, se bem dirigidas, podem reorganizar o campo. Entenda, essa é uma prerrogativa sua.
Tenho um exemplo muito bonito sobre isso que uma seguidora me contou uma vez.
O marido dela estava de férias, e ela estava feliz por ele estar descansando. Daí ela relaxou com os serviços da casa para aproveitar a presença dele. E então “entraram” mais encomendas de mandalas, que há mais de um mês não entrava.
Aqui vem o ponto importante: ela estava feliz. Ela relaxou, parou de desorganizar o campo, e aí o campo ficou propício. Vê como é simples?
Nessa altura da conversa, talvez você esteja achando o conceito de campo parecido com o que as religiões dizem. E é parecido demais mesmo!
Se formos ver, quase todas as filosofias profundas convergem nos princípios.
Eu acho lindo isso, de como podemos mudar a época e o lugar, a linguagem e o tom, mas a essência profunda desses conceitos é a mesma.
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