As conexões profundas são instantâneas

Compartilhe esse texto via:

Recentemente fiz uma postagem no Instagram que rendeu: como saber se aquela pessoa é a “certa”? É melhor insistir no relacionamento ou reconhecer que está tentando fazer funcionar algo que não tem uma conexão mais profunda?

No fundo, no fundo, a gente sabe. Mas tem um jeito de reconhecer na prática: as conexões profundas são feitas num nível superior, sutil. O nível de alma. E essa conexão é instantânea.

E hoje decidi trazer para cá minha história com o Gabriel. Porque a nossa conexão foi assim.

Eu o conheci num corredor do hospital. Eu estava um bagaço, e ele também.

Quando nos vimos, o tempo parou. Ele olhou para mim, eu olhei para ele. Eu ouvi uma vozinha lá dentro “é ele”. Não dei a mínima, óbvio.

Logo em seguida o tempo “voltou ao normal”, e seguimos nossas vidas. Só fomos ficar juntos 2 anos depois.

Depois desse encontro, ele, residente de psiquiatria, sempre arrumava uma desculpa para passar na neurologia.

Eu dei bola? Não. Ele não era o meu tipo. Era, sei lá, “felizinho demais”. Muito alegre, extrovertido, inquieto. Eu não me enxergava dando certo com alguém assim. Mas depois de tanta insistência, acabei concordando com um encontro.

Aquele foi um encontro incomum. Hoje, olhando para trás, consigo identificar.

Ele perguntou de mim, queria saber minhas paixões e medos. Foi a primeira pessoa que “confessei” que não me sentia à vontade na medicina concreta, que precisava de algo mais espiritual.

E eu estava falando isso para um médico! Ele apenas disse “acho isso lindo”.

Não houve beijo, eu não dei abertura, ele respeitou. Saímos mais umas duas vezes, aí eu comecei a fugir pela tangente.

Teve um final de semana que ele me convidou para sair seis vezes! “Tenho ingressos pro AC/DC, vamos?” Não. “Então vamos ao parque?” Não. “Cozinho super bem, posso te fazer um jantar na minha casa?” Não!

Fim que eu “fugi”. Eu estava indo para São Paulo, estagiar lá. E lá eu arrumei um namorado traste do jeitinho que eu queria.

O que me surpreendeu foi que algumas semanas depois do meu sumiço ele mandou uma mensagem:

“Olá, achei importante te dizer. Eu conheci alguém, estou feliz. Gostaria que você fosse a primeira a saber, para não gerar nenhum desconforto. Você é alguém especial demais para isso.”

Eu só respondi que também estava namorando, e mandei um abração.

Passa o tempo. Uns dez meses depois, meu namoro vai pro ralo.

Na época, eu tinha passado as férias com esse namorado e a família dele no Equador, o país de origem deles. E lá eu comecei a desencantar.

Cultura incrivelmente machista, elite milionária, descendente de espanhóis, pouco apreço pelos indígenas do local… enfim, papo para outro dia.

Aí naquela virada de ano eu recebo uma mensagem de feliz ano novo… do Gabriel.

(Ele diz que não lembra, mas eu me lembro muito bem, porque o então namorado viu a tal mensagem. E foi um auê).

Depois que o namoro terminou, eu não conseguia parar de pensar no Gabriel. Então engoli meu orgulho e fui atrás.

E levei um retumbante fora. “Você é especial para mim e sempre será, mas estou comprometido e muito feliz. Não é o nosso momento.”

O disgramado continuou lá feliz com o namoro dele. Por um ano. UM ANO.

Passa o tempo. Um amigo em comum nosso ia fazer aniversário, e eu pedi para ele convidar o Gabriel. Eu sabia que ele estava namorando, mas não sabia se era “firme” ou não. Decidi arriscar.

Ele foi e NÃO levou a namorada! No final da noite, fomos os últimos a sair. Cada um pegou seu carro. Eu não sabia, mas morávamos super perto. E, com as ruas vazias, eu consegui dar uma fechada nele, quase batemos.

Com a quase batida, ele me mandou uma mensagem perguntando se estava tudo bem. Aproveitei a deixa para falar como tinha sido incrível reencontrá-lo e todo aquele papo.

E ele ficou numa: “Ai que situação difícil. Sempre te achei maravilhosa, mas estou super comprometido, feliz, realmente não é nosso momento, mas que difícil” e blá blá blá.

Basicamente, me lasquei por ter esnobado quando tive a oportunidade.

Pois bem, UM ANO se passou. Indo para cartomante, perguntando se tinha chances, tentando esquecer ao mesmo tempo que mudava o caminho para passar na frente da psiquiatria e, quem sabe, oops, cruzar com ele.

Até que eu larguei mão. Chega. Um ano era muito tempo. E foi mais ou menos quando eu “larguei” que ele começou, DO NADA, a entrar em contato comigo. Papear.

Na época ele estava indo fazer um estágio de um mês em Ribeirão Preto, e foi me pedir “dicas”. Considerando que eu nunca tinha ido para lá.

Aquele monte de conversa foi esquentando, esquentando, até que dei uma recuada: “Olha, você sabe muito bem o que eu sinto por você. Mas você está namorando, e eu não quero ser a terceira pessoa.”

Ele concordou: “Ok, sim, entendo, é melhor eu me afastar.” E aí ficou umas duas semanas sem falar comigo. Eu, claro, estava super nervosa, né.

Até que, um belo dia, chega uma mensagem dele. Era um domingo, meio dia.

“Estou em Curitiba. Peguei um avião pela manhã, vim para cá terminar com a minha namorada. Agora estou indo pegar um voo para voltar para Ribeirão Preto. Não te procurei porque não quis misturar as coisas.”

“Ainda estou mal, esses términos são muito difíceis. Preciso de um tempo sozinho. Só queria que você soubesse.” Eu respeitei: “Claro, entendo, tire o tempo que precisar”.

Só que aí vem a melhor parte: SEIS DA TARDE, chega mais uma mensagem: “Olá!” E eu: “Mas você não precisava de um tempo sozinho?” E ele: “Ah, sim, já deu o tempo!”

Ele ainda tinha umas duas semanas de estágio lá. Foi um assanhamento por mensagens. Até que depois dessas duas semanas ele chegou de volta em Curitiba. Foi para a casa dele, disse que ia arrumar o lugar, e me preparar um jantar.

Daí me buscou em casa, e fomos pro apartamento dele. Naquele dia tivemos nosso PRIMEIRO beijo, primeiro tudo. Dormi lá e simplesmente não saí. E nunca mais dormi na casa dos meus pais de novo.

Uns nove dias depois ele me pediu em casamento. E lá se vão nove anos.

Agora vem a parte “doida” da conversa. A Terra está evoluindo como um todo. Essas conexões de “alto nível” são essenciais para ancorar essa mudança. Então muitos relacionamentos estão se desfazendo. Às vezes, sem um motivo claro.

Basicamente, porque a conexão dessas pessoas está em outro lugar, com outro alguém, e o “fio” está puxando.

Porque é o momento dessas conexões se formarem, isso contribui para a evolução de todos nós. E isso também vale para amizades, grupos, dinâmicas familiares. Você já deve estar vendo a quantidade de mudanças aí.

Essas conexões se dão num nível energético maior. Nós trabalhamos no concreto para ela alcançar aquilo que JÁ existe no sutil.

Então, quando há conexão, os dois naturalmente vão cuidar da relação, investir nela, é natural. Você nunca terá conexão com alguém que “não está nem aí para você”.

Afinal, você só se conecta com alguém que esteja no mesmo nível de vibração que você.

Me conta, como estão suas conexões por aí?

Compartilhe esse texto via:

Inscreva-se na newsletter

Assine a minha newsletter e receba
conteúdos exclusivos por e-mail.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress