A linguagem secreta do inconsciente: como o simbolismo impacta sua vida?

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Se você está se aventurando nesse mundo do inconsciente, você já deve ter se deparado com símbolos por trás de sonhos, de deuses e deusas etc. E aí pode ter surgido a pergunta: como o simbolismo impacta sua vida?

Essa pergunta é ótima! Aqui podemos traçar um paralelo: a linguagem de um software é em JavaScript, Phyton etc. A linguagem da programação é o código binário. A linguagem das leis da física são os cálculos matemáticos.

E a linguagem do inconsciente é simbólica.

O inconsciente não sabe mandar mensagem de texto: “Ei, você deixou a coleguinha passar do ponto nas críticas”.

Então ele te manda, vejamos, uma alergia de pele. Ou então te manda um sonho sem pé nem cabeça de você fugindo de policiais malvados (ou seja, da sua autocrítica).

Ou você, do nada, quebra sua caneca favorita (um recado do tipo: “Olhe o que pode fazer com o apreço que você tem pela coleguinha. Apenas uma sugestão”).

Entender isso é desenrolar muita, mas muita coisa.

Depois que a gente se dá conta dessa linguagem “secreta”, a gente começa a olhar a vida com outros olhos. E quando partimos para a prática, temos que prestar atenção em dois pontos.

Primeiro: comece por algo que te incomoda. Cada coisa que te incomoda na sua vida, algum perrengue, bloqueio, qualquer coisa: lá tem um símbolo que não está conseguindo se expressar de forma saudável.

Pode ser falta de dinheiro, dificuldade em emagrecer, dificuldade de gerenciar o tempo, dificuldade de conhecer alguém legal para aquecer o coração, algum problema de saúde, bruxismo, estafa na maternidade… pode escolher.

Essa é a forma que o inconsciente tem de chamar a sua atenção. Ele coloca cuidadosamente a pedra no meio do caminho, e fica esperando você tropeçar.

Quando você tropeçar (e é só uma questão de QUANDO), você se faz a seguinte pergunta: PARA QUE isso aconteceu?

E aqui tem um detalhe importante: não é POR QUE, e sim PARA QUE.

Que material está embutido naquela situação? Para que isso aconteceu?

Pode ser algo simples. Pode ser algo imenso. Se você ignorar muitas pedras pequenas, vai acabar caindo feio numa grande. É sempre assim.

Por exemplo, tivemos um incidente desses um tempo atrás. Chegamos em casa e a geladeira estava vazia. Fome. Pedimos um jantar por delivery. Depois de umas duas horas de atraso, o restaurante ainda cancelou. Fim que jantamos pipoca.

PARA QUE isso aconteceu? Não temos ideia. Ficamos quebrando a cabeça por um bom tempo. Mas foi importante, conseguimos sentir. Aquela situação quis nos apontar algo.

É a partir desse olhar diferenciado sobre as coisas que nos incomodam que conseguimos entender as mensagens que o inconsciente tenta nos passar. Quer ver como a gente consegue aplicar isso na prática?

Uma seguidora contou certa vez que em uma só semana ela quebrou a película do celular, o óculos, o delineador e o relógio. O celular escapuliu da mão e bateu na madeira da cama. O óculos partiu no meio da mão dela. O delineador também quebrou na mão.

E aquilo ficou martelando na cabeça dela. Tantas coisas quebrando assim eram um indício de que era necessário um corte energético. Mas como saber o que cortar?

Nessa hora, você pode até pensar em procurar na Internet “quebrei o celular, o que significa?”. Esqueça essas buscas rápidas. É mais sutil do que isso. Em linguagem simbólica, o celular é uma coisa, o óculos é outra coisa e o relógio outra.

A gente descobre essa “outra coisa” deixando a pessoa falar. A pista está sempre na narrativa. Fazendo essa investigação com o exemplo da seguidora, a gente percebe que o símbolo está na mão. No caso, “largar mão” de algo.

A “mão” fala de habilidades, a forma como lidamos com as coisas, como manuseamos a energia da vida: você pode ser preciso, cirúrgico. Pode ser criativo. Pode ter a mão “pesada”.

É que nem em Guerra dos Tronos, a “Mão do rei”. É quem faz.

Então, se você passar por algo parecido, se pergunte: o que está na sua mão agora? O que depende de você? O que você gostaria que não dependesse de você, para ficar meio “livre” daquilo? Do que você precisa “abrir mão”?

Nessas horas o inconsciente começa a mandar esses sinais, para nos fazer perceber que certas coisas “não estão na nossa mão”, não dependem de nós.

Com você, sem você, ou apesar de você, as coisas seguirão seu caminho. Você não é a peça-chave. Às vezes a gente “puxa” a obrigação e só atrai mais problemas. Tanto para nós, como para todos os envolvidos.

A boa notícia é que quando o inconsciente fica enchendo o saco assim, é sinal que ele tem uma ideia melhor. Talvez um determinado caminho não existisse antes, mas agora existe.

E como descobrir isso?

Largando mão. É bem por etapas mesmo. A gente descobre uma pista do inconsciente, para daí receber outra.

Às vezes é uma coisa simples, às vezes é mais complicado. Mas a beleza da coisa é que o inconsciente é um sistema inteligente, mais do que todos nós juntos. Ele vai dando os petiscos pouco a pouco.

Você pode até não “resolver a sua vida” num piscar de olhos, mas já tem um primeiro passo. Você tem onde FOCAR a sua energia. Onde acompanhar o processo, ver se está evoluindo ou não.

A mensagem do inconsciente é que você precisa largar mão? Ok. Hoje você vai largar mão desse troço um pouquinho mais do que ontem. Nesse momento, é o que importa. Fazendo com consciência, esse processo vai te trazer insights importantes.

Esse foi o primeiro ponto, descobrir o material que está “escondido” em cada situação.

O segundo ponto é: como saber qual é o símbolo certo?

É aquele que faz “ahá!” em você. Isso corresponde a achar o fio energético certo dentro de si, e puxar esse fio.

Essa é a forma mais importante de saber se a sua interpretação está correta. É o que Jung chama de “estalo”. Você pensa na situação. Daí você pensa em um determinado símbolo. E te vem um “ahá! É isso!”, pronto, você decifrou.

Como nós somos notavelmente cegos às nossas próprias narrativas, sempre ajuda contar para um bom ouvinte. Ou escrever. Escrever faz maravilhas.

Lembrou de uma amiga que vai adorar entender melhor os recados do inconsciente? Compartilha esse texto com ela.

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