Muitas pessoas podem não sentir conexão com o assunto de deusas e deuses, podem achar que isso é irrelevante. Mas arquétipos de deuses e deusas são muito mais que só um teste de personalidade. Eles são forças psíquicas atuantes.
Quer ver como isso aparece na prática? Vamos pegar Hera como exemplo.
Hera é a deusa da legitimidade. Por isso ela é a deusa do matrimônio, a deusa dos contratos energéticos. Se você firma um contrato energético com alguém, é Hera quem está ouvindo isso.
Por que os divórcios às vezes ficam tão truncados? Não dá nem para assinar o papel? Aqui entra a força do arquétipo: você só consegue encerrar um casamento se você conversar com essa deusa.
Você já deve ter visto casos assim. Às vezes é uma pessoa que está infeliz no casamento, quer sair, quer terminar a relação, mas é muito difícil.
Parece que uma série de situações está sempre emperrando. Ou então é uma dificuldade tremenda para conseguir assinar os papéis do divórcio.
Isso acontece porque nós encaramos a situação no concreto, mas não é. É simbólico, é a força da deusa, é Hera.
Mas a energia de Hera não se restringe ao casamento em si. Um outro contexto em que a influência de Hera aumenta muito é quando nascem os filhos. Isso foi algo que percebi nos últimos tempos.
Aqui, Hera e Deméter têm papéis diferentes. Deméter é a relação direta com a criança. A relação visceral, íntima. Hera é o conjunto da obra. É o pai, é a mãe, é o filho. É a proteção que fica em volta desse núcleo.
Sabe a autoridade com a qual a mãe se reveste, a coisa de “família em primeiro lugar”? É Hera dando as caras.
Hera também vai aparecer na estrutura familiar quando temos dificuldade de conseguir confrontar a mãe, mesmo que essa mãe só te coloque pra baixo, que ela seja um desastre emocional.
Já percebeu que em relação às coisas que a mãe fala é muito trabalhoso você conseguir dizer “não, sai, deixa para lá”? Porque, por ser sua mãe, ela está num papel de autoridade, de legitimidade, de hierarquia em relação a você.
Isso é Deméter? É a relação maternal, visceral, entre vocês? Não. Isso é a Hera nela. Se você não trabalha a sua Hera dentro de você, você acaba se ferrando aqui. Tanto o homem quanto a mulher têm que lidar com Hera.
Porque veja, arquétipos são estruturas energéticas, eles existem. Eles estão aqui no nosso reino intermediário. Então qual é a maior parte das tretas de todo mundo com Hera?
Com Hera você precisa falar formalmente com ela.
É realmente conversar com a Hera dentro de você. Conversar em voz alta, conversar de verdade. Por exemplo, “eu peço permissão para quebrar esse contrato de casamento. Eu peço a sua bênção.”
Quando a gente pula o passo energético, as coisas não acontecem no concreto. Então fale com sua Hera, peça sua bênção e permissão para romper aquele contrato energético (seja com família, seja no casamento).
E você vai ver como as coisas vão melhorar.
É verdade que processos de divórcio sempre são dolorosos, por mais que se termine a relação amigavelmente, mas reconhecer e honrar a Hera que existe em nós faz com que ela ajude nesse processo.
Aqui, nós acabamos fazendo referências indiretas que a gente não percebe: “o MEU marido, o MEU não sei o que, o NOSSO casamento foi assim, olha aqui MEU álbum de casamento” e por aí vai, o que acaba fortalecendo o vínculo que precisa ser rompido.
Por isso, falar diretamente com o arquétipo, assumir que ele está lá, é uma forma muito melhor, muito mais bonita de lidar com essa deusa. Então, com Hera, quando você quer um divórcio, primeiro você a honra.
E agradece a proteção que ela te conferiu ao longo daquele casamento.
Já percebeu como o casamento passa uma sensação de proteção? Então converse com sua Hera: “obrigada, eu sou muito grata por você ter me permitido ter essa conexão, essa estrutura. Mas agora é outro momento”.
Só de fazer isso as coisas começam a se resolver com mais facilidade.
Uma coisa que muita gente não sabe é que esse arquétipo não ajuda apenas individualmente, no âmbito pessoal, mas também em situações que envolvam outras pessoas.
Por exemplo, se você é advogada, pode pedir que Hera intervenha nos processos de divórcio do cliente, para que o melhor e mais adequado aconteça para a evolução de cada um.
É interessante, né? Classicamente, o direito é regido por Athena e Apolo. Mas quando são processos de casamento e divórcio, esse é o mundo de Hera. Afinal, são contratos energéticos.
E pensa numa deusa que ODEIA ser esquecida. Ela faz um fuzuê danado.
Pega essa dica, eu acho ótimo perceber essas sutilezas: sabe a pessoa que diz que não pode sair do relacionamento por questão financeira etc? Na verdade, a conversa precisa ser com Hera. Senão o dinheiro não surge, afinal o contrato não pôde ser rompido.
Outra sacada genial é que a gente sempre associa Hera ao casamento (na forma literal), mas ela rege todo tipo de contrato.
Um tempo atrás, uma seguidora contou que teve que desfazer uma parceria de trabalho, e a sensação que ela teve foi de divórcio de casamento, chegando ao ponto de fazer sessões de terapia para desenrolar esse nó.
Então a gente vê que a influência de Hera pode aparecer num contrato de trabalho, num inventário ferrado, qualquer coisa. Se há um vínculo profundo que te confere proteção, essa é Hera.