Passando por uma crise? Existe uma sombra em ação

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Existem pontos críticos que são universais na nossa busca aqui nessa vida.

Quando nos encontramos em um desses momentos, o segredo é olhar deusas e deuses como arquétipos que influenciam o nosso dia a dia.

E então, através desses arquétipos, nós conseguimos “catalogar” as sombras (muitas das quais nós nem sabemos que temos) e organizá-las de uma forma fácil de entender.

A partir daí, depois que a gente conhece as sombras e onde elas aparecem, cada deusa e deus vai nos ajudar com seu processo de cura e transformação específica, e assim poderemos acessar os caminhos simbólicos para trabalhar com essas sombras.

Porque veja, nós temos primeiro que achar o problema simbólico, entender QUAIS são as sombras em ação em cada momento desafiador da vida, e aí sim colocar em prática as ferramentas específicas para começar a trabalhar nessas bichinhas que tanto pegam no nosso pé.

O ponto é prestar atenção à ferida que dói, mas que muitas vezes a gente não sabe bem qual que é. Se a gente não descobre a ferida, não consegue ir para a frente, nem sair da crise.

Por exemplo, digamos que você esteja enfrentando um desafio no trabalho.

Lá você se sente incapaz, tem a sensação de que não recebe o devido reconhecimento. Daí você faz o quê? Quer provar seu valor e não consegue dizer não, o que acaba levando a um grande desgaste e sobrecarga.

Qual ferida nós temos aqui? O sentimento de nunca ser boa o suficiente: “sou super voltada pro trabalho, é importante para mim. Coloco o meu melhor nele. É muito importante para mim ter o reconhecimento, continuar crescendo, tudo isso”.

Quando esse sentimento se apresenta num desequilíbrio, estamos nos deparando com uma sombra. Mais especificamente, uma sombra da deusa Atena.

A sombra de Atena dá as caras quando a recompensa não vem, mesmo que o esforço seja enorme. Ela se sente “enganada”.

Ou então a recompensa até vem, mas a um custo pessoal enorme. Em vez de um sossego, o mundo só exige mais e mais dela. E aí ela não consegue mais manter aquilo, e entra em exaustão e burnout.

Já sentiu algo parecido? Conhece alguém que já passou por isso?

São nessas situações de crise que vemos a sombra em ação. Pode ser no trabalho, nos relacionamentos, na família, no jeito como a gente lida com o corpo e com as finanças… a lista é grande.

Mesmo que a gente não consiga nomear o incômodo, se é uma sombra dessa ou daquela deusa, a sombra continua lá, cutucando e cutucando.

Só que tem um problema. Certo, agora você descobriu que reconhecer os arquétipos em nós ajuda a perceber nossas sombras, mas talvez você tenha dificuldade em encontrar as deusas dentro de você.

Como saber se tem uma Atena ou uma Ártemis dando as caras aí, por exemplo? Afinal, o caminho de cura de uma é diferente do caminho de cura da outra.

Aqui, vou usar o mesmo conselho de Jung: percebemos os arquétipos em nós através de emoções.

Quando estamos tomados por uma emoção, há um deus ou deusa em ação.

E aí voltamos pro exemplo do trabalho. Sabe essa tensão no trabalho? Pois bem, a tensão é uma emoção, sabia? A angústia também. A ansiedade também. E assim vai.

Sabe aquele cansaço extremo meio burnout misturado com insuficiência? Aquele aperto ansioso que não passa? Se sentir que nunca é boa o bastante?

Esse é o ponto crítico de Atena. Tem uma hora que ela não consegue “manter” o que construiu, não tem energia, não se sente boa o bastante, está sempre buscando “algo a mais”.

E veja, a ansiedade é só a “febre”, o sintoma. A ansiedade sempre indica uma sombra em ação.

Mas qual sombra? O que está por trás?

É aí que a gente acha a deusa!

Pode ser uma ansiedade com os caminhos profissionais (a famosa síndrome de impostora é a ansiedade, a sombra, de Atena). Pode ser uma ansiedade nos caminhos amorosos (a sombra de Hera)…

Por isso é importante parar e prestar atenção na emoção por trás dos conflitos, para identificar o arquétipo em ação. Cada deusa e deus tem seu mito, que são as histórias que “ensinam” como lidar com esses arquétipos – como estruturas do nosso inconsciente.

Quando a gente começa a nossa busca desse material simbólico, o inconsciente REAGE e passa a falar conosco, ele começa a realmente fazer a mudança. É incrível como ele vai apontando o caminho, por onde ir, o que fazer.

Mas para entender os recados do inconsciente, é preciso primeiro aprender a linguagem simbólica.

Os sonhos são a prova disso. Teve uma aluna que logo antes de começar o curso das deusas sonhou com uma corça, era um ambiente de floresta. Foi só começar a assistir às aulas que ela se sentiu mil vezes mais viva e animada, seja para ir para academia ou estudar para a prova de residência.

E aí, tendo o conhecimento simbólico, a gente percebe como tudo se conecta.

O sonho deu a ela o acesso ao lugar psíquico para ela ter a poderosa energia de Ártemis dentro dela (Ártemis tem a corça como um de seus símbolos). Esses lugares precisam de uma “chave de acesso”, e agora ela o tem. Lá tem todos os símbolos que ela precisa: a corça, a floresta.

Esse sonho energizou a sua Ártemis, para ajudá-la com tudo. Sempre que ela precisar, ela pode “relembrar” essa imagem, para voltar a esse lugar. Sempre que estiver cansada, exaurida, perdida, ela pode voltar para ele, com a imaginação ativa. Não é maravilhoso?

O inconsciente é energia pura!

Quando alimentamos nosso arsenal simbólico estudando deuses e deusas, passamos a entender melhor as mensagens do inconsciente. E aí a mudança é real e profunda, não só intelectual.

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