Assunto controverso entre as mulheres: menstruação. Há o time das que a odeiam. Se pudessem, nunca mais menstruariam na vida. E há o time daquelas que enxergam o poder dessa fase do ciclo da mulher.
Se você é do primeiro time, vamos conversar um pouco sobre ciclicidade feminina.
Para começo de conversa, falamos menstruação, mas o termo correto seria lunação, já que menstruação vem de mês, mas o ciclo da mulher é de 28 dias, de acordo com a lua.
E, assim como a lua, a mulher tem fases durante sua lunação.
Infelizmente, esse assunto ainda não é muito difundido, é um tema conhecido apenas em algumas bolhas, mas nós, mulheres, temos quatro fases ao longo do mês, as chamadas luas internas.
Lua interna? Que história é essa?
Sim senhora. Nós mulheres temos quatro fases em toda lunação.
Elas nem sempre são muito bem definidas, isso varia um pouco de mulher para mulher. Não tem essa de “cada fase dura sete dias”. Por exemplo, a minha lua nova dura só três ou quatro dias.
E aí, quando sabemos em que lua interna estamos (cheia, crescente, nova, minguante), aprendemos a extrair o melhor de cada fase.
A lua nova, por exemplo, é uma lua em que o cérebro da mulher está super bom para produtividade, está mais blindado energeticamente.
Já a lua crescente é a melhor fase para convencer pessoas, marcar encontro com o crush, fazer aquela apresentação importante no trabalho.
Em seguida vem a lua cheia, quando a mulher está no ápice da energia e da vitalidade. Da empatia e da intuição.
E na lua nova a energia da mulher não está para o mundo lá fora. Está só para ela. Quando isso não é respeitado e a mulher precisa se “obrigar” a manter um ritmo dissonante, ela pode sofrer de um fenômeno raríssimo, chamado TPM.
Ou seja, tudo que ela engoliu durante o ciclo inteiro, aqui dá as caras.
Só que aí vem o problema: nós, mulheres, não fomos educadas para “cortar as coisas fora”, mas sim para aceitar tudo. E com um sorriso no rosto.
Aliás, ai de você se não for “boazinha”, se não atender às expectativas. É por isso que a TPM vem. E vem com força. Daí a mulher é tachada de louca, de desequilibrada.
E aí, como crescemos sem saber sobre os nossos ciclos e como respeitá-los, não sabemos lidar com o humor desregulado desse período.
É então que muitas mulheres tomam anticoncepcional, porque, sem ele, têm muita TPM. O que leva a um ciclo vicioso, já que têm medo de parar o uso e voltar com as oscilações de humor do período.
Pílula, DIU hormonal, “chip da beleza” (implantes de gestrinona que bloqueiam o eixo hormonal)… tudo isso, apesar de “ajudar com a TPM”, pode diminuir sua percepção de ciclo, a percepção do período mais poderoso da mulher, então é preciso ficar especialmente atenta nesses casos.
Certo, mas então como faz para lidar com essas alterações que surgem durante a lunação? Bom, eu vou trazer uma forma de encarar que é bem minha, tá? Se você não se identificar, só abstrai e continua a vida.
Humor desregulado e outros problemas físicos e mentais (como TPM, enxaqueca, fibromialgia, essa coisa toda) costumam ser problemas do campo. O campo está em desequilíbrio.
Às vezes, o ambiente familiar é péssimo. O profissional é péssimo. Há muitas crenças distorcidas, e nenhum conhecimento sobre campo energético, a pessoa não sabe como se defender psiquicamente… enfim, tudo junto e misturado.
Nessas horas, o uso da medicação tradicional é muito vantajoso. Ela diminui, certamente, essa “instabilidade” do campo. As coisas ficam mais estáveis.
Isso vale para anticoncepcionais. Isso vale para antidepressivos tradicionais. É como se nós nos colocássemos num nível de jogo mais fácil.
E, às vezes, as distorções e feridas do campo são tão grandes, que precisamos seguir por esse caminho mesmo. Proteger um pouquinho mais aqui e ali.
Eu, pessoalmente, tenho muito carinho pelos antidepressivos, eles me ajudaram em momentos difíceis, e ajudam diariamente muitas pessoas. Inclusive, a descoberta deles foi inspirada (e acidental, para quem gosta de história).
Mas, evidentemente, isso não pode durar para sempre. Porque aí, como estamos num nível um tiquinho “mais fácil do jogo”, uma hora a vida vai pegar no nosso pé: “E então? Vamos avançar de nível?”
Certamente, sem o anticoncepcional, todos os “demônios” da TPM vão vir à tona. E cada um deles tem muito a dizer.
A questão é: o que eles têm a te dizer? Em que momento você não se respeitou para atender às expectativas do mundo lá fora? Quantas vezes você tem se sobrecarregado? Como está o cuidado com seu campo? Como está sua defesa psíquica?
A TPM não é a vilã da história. Ela é só um SINTOMA de que algo está precisando ser cuidado. Algo no seu campo precisa da sua atenção. E a partir do momento que você adquire esse olhar sutil, você pode começar a tomar as atitudes necessárias para fazer essa cura.