Ansiedade no relacionamento: desapegar ou insistir mais?

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Frio na barriga, coração acelerado, cabeça nas nuvens… quem nunca se apaixonou que atire a primeira pedra.

Mas e quando isso deixa de ser gostoso e se transforma em ansiedade? Carência? Apego? Angústia? Como lidar com tudo isso? Como saber se é preciso mudar alguma coisa ou tudo bem continuar na mesma rota?

Para ficar mais fácil de explicar, vou trazer uma pergunta que me fizeram um tempo atrás:

“Estou muito ansiosa com contatinho que não me responde sempre, mas é muito legal. Não consigo simplesmente desencanar, sinto que há algo mais a ser vivido. Será só projeção? Como identificar se é projeção (e tentar fazer o corte) ou intuição (e tentar insistir mais um pouco)?”

Primeira etapa quando temos uma confusão dessas: saber que há processos psíquicos diferentes envolvidos. Então precisamos identificá-los e separá-los.

Se formos buscar inspiração na mitologia, essa é a parte do mito de Psiquê em que Afrodite a manda separar os cereais em montes diferentes.

Inclusive, isso vale tanto para esse tipo de situação como para outras confusões “impossíveis de responder”.

Certo, mão na massa, vamos começar a “separar os grãos de Psiquê”. Contatinho que não-responde-sempre-mas-é-muito-legal → está gerando ansiedade.

Se está gerando ansiedade, existe algo nesse processo que você deve APRENDER. Você não consegue “descolar” da experiência enquanto não concluir o aprendizado (por isso que muita gente não esquece os ex).

Se é algo que você deve aprender, então é algo que você não sabe. Está no seu inconsciente. Algum padrão seu que talvez precise ser modificado.

Pois bem, vejamos os dois padrões que estamos analisando: “não responde sempre” versus “mas é muito legal”.

Perceba que a própria pessoa organizou a pergunta dessa forma. Então, isso indica que ela estava dividida. Para facilitar o raciocínio, vamos colocar que são deusas diferentes falando (quando falamos de deusas aqui, estamos nos referindo a arquétipos, forças vivas do nosso inconsciente). 

Voltando: padrão 1 – “não responde sempre”.

Aqui, eu chutaria que é uma Hera, desejosa de mais vínculo. Esse cara está muito “solto” pro gosto dela (se eu fosse para mais um chute, diria que ele é um Hermes).

E tem também o padrão 2 – “mas é muito legal”.

Ele a faz sentir coisas diferentes. Parece que o ar fica mais leve. Essa sensação a faz ficar bem, desperta novas coisas.

Que deusa é essa que está curtindo tanto o cara? Não sei. Teríamos que investigar mais.

Ele é legal na cama? Ele é legal intelectualmente? Ele é divertido? Não sei. Mas caso você tenha passado ou esteja passando por algo parecido, se você conseguir identificar melhor qual é o “tchan” que te encanta nele/a, vai encontrar o que te falta. Pode ser algo para ser mais desenvolvido dentro de você.

Inclusive, uma coisa que vemos no Maestria do Amor é que o que nós admiramos no crush, na verdade, é uma qualidade que nós queremos desenvolver em nós.

Na prática, esse passo ajuda demais! Porque quando você percebe o que o outro tem o que você gostaria de desenvolver em VOCÊ, você fica muito menos ansiosa. Muito mais sossegada. Fica mais fácil lidar com essa relação.

Voltando para a parte da investigação, esse é um processo para entender o que te movimentou, o que te “enlaçou” nessa pessoa. E você vai saber que teve o “clique” certo quando a sua ansiedade diminuir consideravelmente.

Tudo certo até aqui? Esse foi o primeiro processo. Identificar e separar o problema.

Mas há outro processo, um bem diferente, que é “que atitude tomar” diante disso.

Na verdade, aqui estamos falando de algo mais interno. Porque veja, não há uma atitude “externa” muito óbvia nesses casos. Do tipo, como lido com essa ansiedade, desapegando ou tentando mais?

Então, voltando para a pergunta, desapegar ou insistir mais, temos que essas são duas opções INTERNAS. Ou seja, está claro que esse processo fala sobre você. A questão, nesse momento, não é o crush. Mas a sua ansiedade.

Vamos praticar o mesmo raciocínio que fizemos antes. Que parte sua você quer desapegar? Que parte sua quer tentar mais?

E agora vem o pulo do gato. Já falei aqui antes, mas não custa repetir. A questão nunca é “porque”. A questão é “PARA QUÊ”.

Desapego? PARA QUÊ?

Escreva o que primeiro te vier à cabeça (exemplo que me vem: para que eu esteja livre quando aparecer outra pessoa, essa sim mais interessante etc).

Tento mais? PARA QUÊ?

Boa! Para que tentar mais? Qual o objetivo? Qual é a primeira resposta que te vem à cabeça? (Exemplo que me veio: para que depois eu não me arrependa de não ter tentado de tudo).

E aí, você vai olhar as duas respostas. E ver qual faz mais sentido (pode ser ridiculamente simples, mas isso sempre ajuda muito).

No caso da pergunta lá do começo, há uma dúvida se é projeção ou se é intuição. Mas se formos ver, eu nem toquei nesse ponto.

Porque essa é uma pergunta que não pode ser respondida.

Se você não consegue diferenciar essas energias, então elas não podem ser diferenciadas nesse momento. Ponto.

Precisaremos de mais ciclos de autoconhecimento sobre essa questão, novamente na investigação “que aprendizado é esse?”, “que partes minhas querem e para quê?”, para que você possa ENTÃO distinguir.

O mais legal é que dá para extrapolar isso para muitas outras situações.

Se você está num trabalho em que não está feliz, e não sabe se fica mais um pouco ou se larga mão e vai embora; Se você não consegue diferenciar o que é medo do que é intuição…

Então falta aprendizado nessa questão, antes que você possa decidir algo. Vamos precisar de alguns ciclos de autoconhecimento, antes de qualquer atitude.

E por fim, para acalmar seu coração se você estiver passando por esse dilema: você sabe o que fazer. No fundo, você sabe. A gente sempre sabe. Está tudo certo. Esse “estalo” vai vir na hora certa. Ele só ainda não veio para você aproveitar a oportunidade para se conhecer e se descobrir mais. Isso sim é inestimável.

Uma dica super simples e eficaz: quando acertamos a questão, a ansiedade diminui imediatamente. Vai vir um alívio, e você vai pensar: era isso que o inconsciente queria que eu percebesse!

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