O inconsciente está sempre tentando se comunicar conosco, tentando nos mostrar questões que não conseguimos enxergar. E existem três formas dele fazer isso: através de sincronicidades, sintomas ou sonhos (falei um pouco mais sobre isso nesse post no Instagram).
Por falar em sonhos, na newsletter deste último domingo, falei sobre um sonho de alerta que eu tive anos atrás, e que mudou completamente a minha vida.
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Pois bem, mas como saber que um determinado sonho é um alerta para nós? Como sabemos se o sonho está nos alertando a não fazer ou incentivando a fazer algo?
Essa pergunta é super importante! E para isso precisamos estudar a estrutura do sonho.
No curso O Segredo dos Sonhos, teremos o módulo iniciante inteiro para isso, mas, basicamente, esse elemento de “e agora?” está no desfecho do sonho.
O sonho é constituído de 5 elementos principais:
- Cenário
- Personagens
- Desenvolvimento
- Clímax
- Desfecho
O desfecho é a orientação do sonho para nós, o conselho que ele quer nos passar. O que acontece, entretanto, é que nem todos os sonhos têm desfecho.
Daí, quando não têm, significa que o inconsciente ainda não encontrou a solução para aquilo. Então ele fica cozinhando a questão em “banho-maria”, até apresentar a resposta num sonho seguinte.
Quando a gente acorda antes do desfecho, do nada o sonho acaba, temos que esperar o próximo. É que nem novela que acaba na parte mais “tchan”! Nessas horas, é muito comum uma coisa chamada “séries de sonhos”.
Uma vez uma seguidora contou exatamente isso. Ela tinha tido um sonho em uma noite, e veio a continuação em outra noite. Detalhe, ele retomou EXATAMENTE onde parou. E o que ela viveu no sonho aconteceu na vida real.
Esse aí é um sonho com tanta energia que não foi um simples detalhe como acordar que ia mudar algo. Se um sonho fizer isso com você, de retomar onde parou, dê muita importância a ele.
Vale lembrar que nem todas as estruturas de sonho são de alerta ou orientação. Esses sonhos só aparecem quando há configurações de vida que exigem uma decisão imediata da nossa parte.
É importante fazermos essa diferenciação, porque a maioria dos sonhos tem muito isso: “a vida é sua, o problema é seu. Você que decide. Eu só estou te mostrando os fatos”.
Geralmente, temos uma sequência de sonhos assim. Só que a gente (habitualmente) os ignora. Até porque não temos esse treino de ler sonhos. A gente se enrola ainda mais na confusão, e então vem um sonho de alerta.
Se o sonho traz uma mensagem “negativa”, isso é um alerta. Do tipo: “Nãaaao, vai por aqui, não por ali. Ó, tá vendo? Tem uma pedra lá!”
Sonhos de alerta geralmente passam uma sensação muito ruim. Acordamos angustiados, ansiosos. (Todos os pesadelos são sonhos de alerta.)
É quando o desfecho, a parte final do sonho, tem uma grande carga emocional. Quase sempre, antes do desfecho, há um momento de decisão.
Por exemplo, digamos que você está fugindo de um perseguidor. Então aparece uma bifurcação no caminho. Um caminho parece mais claro, mais organizado. Outro caminho é só uma trilha, um negócio meio escondido.
Aí você segue pelo caminho mais claro. E o perseguidor te pega.
Esse é um sonho de alerta muito claro: as decisões mais óbvias, mais lógicas a serem tomadas nesse seu momento agora, serão as piores aqui. Siga o caminho “alternativo”, aquele que ninguém te recomendou.
Então anote isso: quando temos sonhos de alerta, pesadelos, precisamos voltar algumas cenas. E encontrar o “ponto de decisão”.
Mas pode ser o contrário. Há um ponto de decisão, e aí o desfecho é positivo. A coisa flui. Que beleza! É um sonho de incentivo. Você acorda feliz, coração quentinho.
Por isso é importante prestarmos atenção nos nossos sonhos, porque quando interpretamos algo “ruim” dito em sonho, conseguimos nos preparar para essa situação.
Ou seja, se você identificar, entender o que o sonho está tentando te dizer, você consegue evitar o caos ou, ao menos, lidar melhor com ele.
Resumão: se tem sensação ruim – alerta. Se tem uma sensação boa – incentivo.
E como diferenciar um sonho real de alerta de um sonho medo nosso?
Em O Segredo dos Sonhos existe uma aula dedicada exclusivamente para isso. Mas, basicamente, a resposta está na estrutura emocional do sonho.
Grosseiramente falando, um sonho de medo (de complexos) é ruim desde o começo. Ele inteiro é meio “uniforme”. Porque há um trabalho energético de cura em ação ali.
Esses sonhos de complexo a gente acorda meio exausto. Precisando de uma ducha para acordar direito.
Já o sonho de alerta genuíno começa mais manso, uma historinha qualquer. Estilo “sabe de nada, inocente”. E aí, no clímax do sonho, vem o alerta, e ele é meio repentino. Tipo “bu!”.
Mas, como você deve saber, é difícil extrair tudo isso sem ter alguma prática mínima com os sonhos. Porque é muito fácil “embutir” nossos medos e expectativas no meio. A boa notícia é que não precisa ser expert em sonhos, mas ter um mínimo de conversa com eles.