Outro dia conversamos por aqui sobre mudanças de vida, sobre como mudar hábitos e padrões que já não fazem mais sentido para nós. E o segredo está nos cortes energéticos (se você não conferiu esse papo, é só clicar aqui para saber do que eu estou falando): para mudar uma atitude, primeiro você precisa abrir mão de algo.
O universo é um troca-troca energético constante, ou seja, algo precisa sair para que algo novo possa entrar. E antes que pergunte, não, não existe um atalho.
Mudança é desapego, é corte energético.
Até aí tudo bem. Só que pode vir uma pergunta: é possível fazer corte energético com a energia da “dúvida” e assim ajudar a mudar um hábito?
Vejamos um exemplo. Você acordou de manhã e tem duas opções:
1. Vai para a academia (circuito cerebral 1)
2. Vai comer o resto da pizza de ontem (circuito cerebral 2)
Quem ganha?
Ah, esse é um papo bom, e para ajudar a entender, vamos fazer um exercício. Só uma brincadeira, ok?
Imagine que TUDO é energia. Toda a sua estrutura mental é energia. Cada pensamento carrega uma energia própria. Cada hábito, também. Cada laço afetivo, idem. Tudo.
Neurologicamente, isso faz todo o sentido. Afinal, os neurônios produzem enormes campos energéticos. E aí há circuitos energéticos mais fortes. Há circuitos mais fracos. E montar um esquema energético da situação vai ajudar a resolver a bagunça.
Certo, agora podemos voltar para a pergunta aí de cima: quem ganha a disputa?
O circuito que tiver mais energia, é claro.
Veja, esse é o pulo do gato. Você muda o hábito como? Aumentando a energia do padrão que você deseja. E, sim, você fazer isso INTENCIONALMENTE, pensando em tudo como energia, deixa bem mais fácil.
Agora vem o segredo: um padrão é energizado com hábito + recompensa + propósito.
Digamos que o circuito cerebral 1 tem mais energia e você decidiu ir para a academia. Então temos:
Você vai todo dia: hábito.
Se sente bem: recompensa.
Tem a ver com o que você é: propósito.
Esse é o santo tripé da neuroplasticidade.
Agora vamos sofisticar um pouquinho a coisa. Vamos supor que você ainda está em dúvida entre ir para a academia ou comer o resto da pizza de ontem.
O que temos aqui? A dúvida nada mais é que o circuito cerebral 1 e o circuito cerebral 2 estarem iguais em força. O cabo de guerra não pende para nenhum dos lados. Se há dúvida e a mudança de hábito não vem, é porque os padrões têm carga energética equivalente.
Lembra que eu falei que mudança é desapego, corte energético?
Pois bem, você consegue fazer um corte energético aqui? Não. Mas não POR CAUSA da dúvida. A presença da dúvida apenas nos esclarece que a parte que NÃO QUER cortar é tão forte quanto a parte que QUER cortar. A dúvida, nesse caso, é só uma luzinha piscando no painel.
Para aprofundar ainda mais, vamos um pouquinho além: mas e quando a dúvida vem com a intuição? Por exemplo, digamos que veio a intuição, e em seguida o medo racional gera a dúvida. O que fazer nesse caso?
Aqui a intuição precisa ter uma carga energética maior que o medo e a dúvida. Ou seja, é preciso fortalecer o circuito cerebral representado pela intuição.
Recapitulando: quando você não consegue tomar uma decisão, há dois padrões antagônicos que são iguais em força. Resultado? Empacou.
Veja isso aqui:
Quando um padrão é claramente mais forte que o outro, a energia flui pro mais forte e pronto. Mas em estados antagônicos, a energia não tem para onde ir.
Acontece que energia precisa estar em movimento. Então se ela não tem para onde ir, começa a ser desperdiçada. E uma das formas dessa energia extravasar é através… do SINTOMA.
Você não tem dor de cabeça no trabalho porque trabalha demais. Mas sim porque ao mesmo tempo que quer trabalhar, você não quer. Você está em conflito.
Estados de baixa energia (conflito) são péssimos para fazer corte energético. Porque o corte energético demanda MUITA ENERGIA.
Agora, a pergunta de 1 milhão: como mudar isso?
Voltemos pro nosso exemplo. Se a opção 1 (ir para a academia) estiver energeticamente equivalente à opção 2 (comer o resto da pizza), você está perdendo energia.
Nesse caso, é preciso arranjar mais energia. E geralmente a nossa energia está “escondida” nas PROJEÇÕES.
É nessa hora que entram os cortes energéticos: após o corte, a energia liberada é muito maior. Cada corte energético que você faz, cada projeção que você quebra, é um pacote de energia a mais para você, e aí você pode usar essa energia extra que veio da limpeza das projeções para finalmente DECIDIR.
Aqui vai entrar o terceiro elemento do tripé da neuroplasticidade: propósito. Qual é a sua versão que você quer se tornar? Que escolha se alinha com a existência que você quer viver?
A questão é sempre energética. Porque o inconsciente é que nem banco: nada é de graça.
Não cortar as projeções, não cuidar do seu mundo interno, não trabalhar suas questões pessoais custa um preço. E, provavelmente, um preço bem mais alto do que você se dá conta. Talvez, na ponta do lápis não valha (nem um pouco) a pena.
No fim das contas, tudo depende de nós. Então, que tal começar hoje essa jornada de cortes e mudanças? Não é fácil, mas é libertador, e cada passo nos leva a um aproveitamento maior da nossa energia vital.
Tem algum amigo que está querendo transformar um padrão de vida? Compartilha esse texto com essa pessoa especial!