Já pensou que unir conhecimentos sobre habilidades psíquicas e neurociência pode tornar sua vida melhor, mais fácil e mais protegida? Então vamos lá para uma aula de defesa psíquica e neurociência.
Vamos começar pelo básico de defesa psíquica. Antes de qualquer defesa externa, é preciso exercitar a defesa psíquica interna. Contra os nossos medos. Contra as nossas travas. Contra os nossos “maus hábitos”.
Todo e qualquer poder ou habilidade psíquica precisa seguir a lei hermética “está dentro, assim como está fora”. Ou seja, você só dominará externamente o que já domina internamente.
Mas e onde entra a neurociência nisso? Bom, chegou a hora de apresentar para você uma estrutura cerebral chamada córtex orbitofrontal.
O orbitofrontal é uma partezinha do cérebro que é conhecido na neurociência como a área do “não”: “Puxa, olha esse brigadeiro maravilhoso.” Lá vem o orbitofrontal: “Não! Você combinou que não ia mais comer doces!” Ou então: “Estou morrendo de medo dessa entrevista, acho que vou faltar.” Orbitofrontal em ação: “Não vai faltar não! Você não vai deixar o medo te dominar!”
São os “nãos” necessários que dizemos para nós mesmos.
O que acontece é que o pré-frontal tem conexões com dois centros emocionais: o centro do medo/ansiedade (amígdala cerebral, que não é aquela da garganta – a gente já falou sobre ela quando conversamos sobre complexos) e o centro do prazer (nucleus accumbens). É um tipo de conexão chamada “inibitória”. Isto é, de cortar as asinhas.
Quando a amígdala começa a sapatear (“Ai que medo, que ansiedade, não vou conseguir, vai dar tudo errado, socorro!”), o orbitofrontal entra em cena (“Pare com isso. Quieta. Menos, muito menos”).
E quando o centro da recompensa quer aprontar, ir para o docinho, para o cigarro, para o Netflix, para estourar o cartão de crédito, lá vem o orbitofrontal mais uma vez: “Na-na-ni-na-não, vem ficar aqui quietinho”.
Então, o primeiro passo da defesa psíquica é falar não para as nossas sombras. É não dar palanque para elas. Isso não significa não trabalhar com as sombras. Mas trabalho com sombras tem hora e lugar. E NÃO é na hora que elas irrompem. Quando elas irrompem, precisamos contê-las.
Então suponhamos que você tenha aquela deliciosa tendência a assumir a carga de todo mundo, para se sentir mais útil. E aí chega o colega de trabalho/filho/algum familiar te pedindo ajuda para isso e aquilo.
Antes que você corra para agir por culpa… Não. Espera. “NÃO vamos entrar nessa energia. NÃO vamos entrar nesse campo. Eu NÃO aceito isso.”
Essa é a primeira camada da defesa psíquica.
No meu olhar, se formos interpretar isso de forma mais sutil, o orbitofrontal interrompe aquela conexão entre você e aquele apego, aquela energia inferior, aquele mau hábito enroscado do passado. Ou seja, ele corta a sua conexão com um determinado campo.
Tá, agora vamos supor que você está num ambiente profissional super pesado. A energia está horrível, está te sugando. Como se proteger?
Lembra do princípio hermético que eu falei lá no começo? O que está fora é o que está dentro. Então você vai começar procurando a correspondência dessa “energia pesada” dentro de você. Essa é a segunda camada da defesa psíquica.
Aquele ambiente ativou questões suas. Medos, ressentimentos. Aquela sensação de abandono e insegurança. E, assim, a sua energia despenca. É assim que ambientes pesados nos afetam, ativando sombras nossas. É como se o bandido lá de fora estivesse de conluio com “alguém de dentro”.
É nessa hora que o orbitofrontal entra em ação: “Ah, não, pode parar. Essa energia não é sua. Sombra, volte para o seu lugar”.
Perceba que, para isso, precisamos de um orbitofrontal com duas características:
1. Alerta;
2. Forte (mais forte que a sombra em questão, no caso).
Veja que é uma batalha bruta de forças. O orbitofrontal contra a sombra (ativação da amígdala e companhia).
Só que para ter um orbitofrontal alerta e forte, além de uma prática muito simples que você pode fazer (e que posso explicar aqui em outro momento – se você quiser saber que prática é essa, deixa aqui nos comentários que escrevo sobre isso outro dia), é necessária uma coisa: energia.
Porque veja, quando estamos fracos e desvitalizados, em vez de fazermos uma escolha mais interessante a longo prazo (como ir para a academia, ou dar uma caminhada no parque etc), escolhemos o que oferece a melhor recompensa imediata (já percebeu como é muito mais fácil ficar rolando a tela do Instagram?).
E como fazer para nutrir essa energia? Afinal, o mundo não vai parar, os problemas não vão deixar de aparecer só porque você quer estar com a energia em alta.
Aí você precisa cuidar dela um pouquinho todo dia. Que nem lavar a louça suja da pia. Ou escovar os dentes. Tem que ser um hábito na sua vida (e de preferência um hábito gostoso). Se você fizer um pouquinho todos os dias, não fica aquela porcalhada toda.
Só que aí pode acontecer uma coisa: a gente não é muito bom de ficar lembrando sempre de “preciso cuidar da minha energia. Meu campo está precisando de atenção. Opa, é melhor fazer uma blindagem emocional antes das de lidar com esse desafio”.
Na maior parte do tempo, a gente só lembra disso DEPOIS que a caca já está feita. E aí já sabe, né, para voltarmos ao estado de bem-estar que estávamos antes… dá um trabalho enorme!
Para evitar esses altos e baixos, e para que a gente cuide sempre da nossa energia e do nosso campo de forma leve e gostosa, nasceu A Casa. Um local onde você vai se energizar, manter a constância no cuidado interno e poder ver os frutos disso sem nem sentir que é um “esforço”.
N’A Casa vamos atuar no concreto, falar muito sobre prosperidade e escassez. Vamos ver também “como resolver os problemas”, como lidar com uma sombra, uma situação difícil. E vamos entrar também na camada simbólica, aprender “como ler os símbolos”, o que a vida está querendo dizer, afinal.
Então, se você quer manter a sua energia sempre bem cuidada e de um jeito delícia, que não seja “mais uma obrigação” na sua vida, te convido para conhecer A Casa.
2 comentários em “Como desenvolver sua defesa psíquica com a ajuda da neurociência”
Pi Fran, prof maravilhosa, fala da prática muito simples que podemos fazer para ter um orbitofrontal alerta e forte, por favor =)
Francis, fala da prática por favor! E se já falou, que nome deu ao post?