Como a névoa mental afeta você e como combatê-la

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Você já ouviu falar em névoa mental?

Talvez você nunca tenha se deparado com o termo, mas com certeza já sentiu os efeitos dela na sua vida. Quer ver só?

Sabe aquele momento que você sente um “peso”, uma carga densa e negativa que puxa para baixo, mesmo que você não saiba muito bem o que está errado? Você não é capaz de definir, nem de ter clareza sobre qual exatamente é o problema, ou como isso pode ser consertado, mas tem uma sensação ruim.

Isso é a névoa em ação.

Outra situação em que a névoa dá as caras é quando algo te dá um sono de fechar o olho na hora. Pode acontecer naquela aula importante, numa mentoria que pode mudar sua vida, numa consultoria financeira significativa, e por aí vai.

Na terapia isso é muito comum. É a sombra em ação. Eu imagino como se fosse uma nuvem aos poucos tapando o sol.

Isso acontece porque sempre que sentamos com outra(s) pessoa(s), seja em uma consultoria, um atendimento, um serviço, uma reunião etc, se cria um campo que é a soma de todos os campos presentes.

E nesse campo aparecem os elementos do inconsciente de cada um. O mais “contagioso”, digamos, é isso que eu chamo de névoa. É uma espécie de apatia, de inércia, a mente fica embaralhada, sem conseguir ter uma ideia decente.

Cá entre nós, a psicologia tradicional estuda muito os complexos (de inferioridade, de superioridade, materno, paterno e por aí vai), mas quase não vejo material sobre essa névoa.

A neurociência, por outro lado, estuda bastante a névoa. Eles chamam esses estados de neuroinflamação cerebral, quando o tico não liga direito com o teco, de “brain fog”. Foi daí que tirei o nome.

Eu uso o termo névoa porque quando estamos intoxicados por essa energia mais pesada, nossa cabeça parece ficar cheia de fumaça. Ficamos lentos para pensar, lentos para fazer qualquer coisa.

Por exemplo, quando você está com alguém MUITO apático, MUITO inerte, do tipo que não faz nada, NADA (exceto, talvez, resmungar), dá uma vontade de sair correndo. Porque dá até para perceber essa apatia chegando em você, como se ela te “pegasse”.

Então, quando essa névoa é MUITO marcante, podemos ser tomados pela “mosquinha do sono”. É quando estamos com alguém profundamente insatisfeito, mas sem energia nem forças para mudar.

Isso fica muito claro numa reunião de equipe. Se uma pessoa está muito resistente de estar lá, ela acaba trazendo essa névoa para o campo, e todos ficam meio “cegos”. São as famosas reuniões improdutivas.

Certo, Fran, e o que fazer, então?

Na verdade, não é difícil lidar com a névoa. Mas precisamos ter consciência de sua existência, estarmos atentos quando ela dá as caras.

E ter muito claro que a névoa não é “a outra pessoa”. A névoa faz parte do campo coletivo. Ela entrou nesse mundo, e tem se disseminado desde então. Se você lê essa situação como “o outro é chato”, você não resolve o problema.

Você precisa encarar a névoa como uma entidade do campo.

Então, quando vem o sono (ou a apatia, o desânimo etc), e você cai em si que é a névoa em ação, pode gritar para si mesmo: “É a névoa! Xô!”. Funciona instantaneamente.

O que a maioria das pessoas ainda não sabe é que nós seríamos incrivelmente mais produtivos e as nossas relações com os outros seriam melhores se pudéssemos simplesmente levar em consideração o campo.

Por exemplo, digamos que você marcou uma reunião com a sua equipe. Estão todos lá, na videochamada. Invoque mentalmente que aquele campo está criado, e que a névoa não tem permissão de entrar. Designe um guardião psíquico para proteger o campo.

Você vai ver como todos se sentirão muito menos cansados, inclusive você.

No final, ao terminar a reunião, encerre o campo. E isso é importante, para não acontecer o seguinte:

“Fran, minha psicóloga fica assim nas sessões. Apática, meio desanimada. Me sinto a maior chatona. Mas como é pelo plano de saúde, não consigo mudar de terapeuta.”

Isso é super comum, especialmente em profissionais pouco preparados energeticamente (a maioria): eles não limpam o campo entre um paciente e outro. E aí, fica uma espécie de contágio psíquico. Muito provavelmente, a terapeuta já está exausta quando recebe essa paciente.

Porque além do cansaço físico, há também a ação da névoa e o esgotamento energético.

Mas não precisa ser assim. Tem uma forma simples de limpar o campo, que eu aprendi intuitivamente, antes mesmo de saber o que eram esses aspectos sutis da vida: o paciente saía, eu colocava no prontuário dele as colocações, observações, ideias.

E aí, fechava aquele prontuário, ia fazer um xixi, pegava um chá, esticava as pernas e abria o prontuário do próximo.

O que acontecia ali? Escrever essas informações sobre o paciente anterior “encerrava” aquele campo. Ao abrir o próximo prontuário, abria a energia pro próximo paciente.

Isso pode ser feito entre reuniões. Clientes, idem. Serviços, idem. Mas, claro, isso demanda mais tempo (aliás, um tempo não remunerado), e acaba sendo sentido como “contra-produtivo”. Daí a maioria das pessoas não faz.

Além dessa, uma outra estratégia MUITO efetiva, embora demande uma certa coragem, é trazer o assunto à tona.

Quando é a terapeuta com sono, por exemplo, você pode trazer: “por que você está com esse sono? O que está acontecendo? Eu te deixo com sono? É uma outra situação? O que está acontecendo aqui? Vamos resetar, dar uma sacudida e começar de novo?”

A gente vê isso em algumas aulas de cursinho, palestras etc, quando o professor/palestrante, logo no começo da aula/palestra, vê todo mundo meio apático e chama a atenção da turma. Daí passa umas atividades para dar uma movimentada em quem está desanimado. Dar aquela “acordada”.

Isso ajuda a trazer a PRESENÇA para aquele momento e afastar a névoa.

Por isso é tão importante o “orai e vigiai”. Para estarmos atentos e conseguirmos afastar a névoa antes que ela se instale e faça a festa no nosso campo. Não à toa, essa é uma das aulas mais poderosas do R8, porque aprendemos a deixar de gastar energia com o inimigo errado.

E praticamos as estratégias para combater a névoa e os ciclos de autossabotagem,

autopunição, autocobrança.

Agora, quem mais você conhece que vai adorar dar um chega para lá na névoa? Compartilha esse texto com essa pessoa!

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