Desmistificando a imaginação ativa – existe uma explicação neurológica por trás disso

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Já falamos aqui sobre o que é imaginação ativa e como fazê-la. Hoje vamos conversar sobre a explicação neurológica que existe por trás, e por que ela funciona.

Uma expoente empreendedora e influenciadora digital contou certa vez nos stories em seu Instagram que fez um exercício imaginativo por volta de 10 anos até conseguir a casa dos seus sonhos. Louis Hamilton contou algo semelhante esses dias.

O exercício imaginativo não é um luxo. É um pré-requisito para alcançar seus sonhos e desejos.

O que essa empreendedora descreveu para seus seguidores em seus stories é um processo chamado “mapa cerebral da realidade”, que consiste basicamente no quê? O cérebro não sabe processar “futuro”. Ele processa o futuro como se estivesse no PRESENTE.

Ou seja, ele precisa imaginar, visualizar esse futuro. Você não consegue criar nenhuma realidade que não tenha sido, antes, imaginada em detalhes pelo seu cérebro.

Em outras palavras, essa é uma habilidade, e como qualquer outra pode ser desenvolvida. A habilidade de visualizar uma realidade futura com firmeza e constância. Uma realidade em detalhes, com informações emocionais e sensoriais. Não adianta o “quero uma vida boa”. Seu cérebro não trabalha com conceitos imprecisos.

E, desconfio eu, essa é uma habilidade que será cada vez mais essencial.

Uma seguidora, certa vez, relatou que isso aconteceu com ela. Ela havia chegado em Brasília há 20 anos, com um salário de 1.500 reais, mas ela havia colocado na cabeça que teria uma casa no Lago Sul (um dos bairros nobres do Distrito Federal), e imaginava todos os detalhes, ela tomando café olhando para o jardim e para a piscina.

Atualmente ela mora, de fato, no Lago Sul, e quando toma café desfrutando a vista que imaginou por tantos anos, fica maravilhada com o poder que aquelas imaginações tiveram. É exatamente como ela imaginou na época, porém tendo feito tudo isso de forma intuitiva.

Por que eu trago essa história? Porque não basta conceituar. Você precisa visualizar, pois as partes posteriores do cérebro, as visuais, são mais antigas e MUITO mais eficientes.

“Fran, quando eu começo a fazer essas imaginações, no sentido de conceber, meu julgamento e minhas críticas são acionados instintivamente, me mostrando que aquilo seria impossível ou improvável, então eu me paraliso totalmente. Minha mente parece treinada para me segurar na área do medo e da insegurança.”

Vou te dar uma boa notícia: isso é ótimo! Porque aí você “achou” seus inimigos internos que estão te impedindo de conquistar aquilo.

Vem comigo: o cérebro tem dois centros de processamento emocional que competem entre si: a circuitaria do medo/ansiedade e a circuitaria do prazer/recompensa.

A circuitaria do medo/ansiedade, localizada no centro da amígdala cerebral, provoca sofrimento. O cérebro tenta, então, se livrar do sofrimento. E ele vai fazer o quê? Ele vai EVITAR o assunto que te causou essa sofrência.

Por exemplo, você quer novos hábitos alimentares e de saúde. Você pensa que não vai conseguir, que é muito difícil, e fica ansiosa. Resultado: seu cérebro, sutilmente, muda o foco (“Vamos ver o que tem de bom no cardápio da Netflix?”), e o projeto saúde fica às traças.

Agora, vamos imaginar que consigamos ativar o outro circuito, o da recompensa / prazer, situado no centro do Nucleus accumbens. Aqui, o segredo está no COMO: você visualizou um corpo saudável, feliz, super de bem com a vida. Essa visualização te dá prazer e alegria. Oba, que delícia!

O processo para alcançar aquilo também te parece atraente. O que acontece com o cérebro nesse cenário? O cérebro é movido a prazer, então ele vai fazer de tudo para conseguir aquilo.

Nessa disputa feroz entre os circuitos da ansiedade (“Não, não! Vamos nos encolher no nosso canto e não fazer nada, tudo isso é muito difícil!”) e da recompensa (“Sim, sim! Vamos botar a mão na massa! Quero essa casa nova, esse corpo saudável!”), quem ganha?

Aquele que tiver conexões cerebrais mais estáveis. Ou seja, as redes que estão mais associadas às pequenas decisões da sua vida.

O nome disso são MICROATITUDES.

Você está c@g#d0 de medo, mas faz uma atitude em prol daquilo. Faz uma compra de orgânicos, começa a dar uma espiada em como funcionam investimentos (você quer uma casa linda, lembra?), e o cérebro entende: “Opa, isso é importante. Vamos mudar os circuitos em direção a essa nova possibilidade”.

E agora? E agora você precisa apresentar o MAPA de realidade dessa nova possibilidade para o seu cérebro. Como? IMAGINANDO. E imaginando com capricho, nada de preguiça ou modéstia nessa hora.

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1 comentário em “Desmistificando a imaginação ativa – existe uma explicação neurológica por trás disso”

  1. Aqui imaginação ativa para adquirir imóvel ja funcionou duas vezes, nas duas eu escrevi em um papel tudo q eu queria q minha casa tivesse ( eu já estava no processo de busca pelo imóvel mas ficava muito indecisa) na primeira eu escrevi casa dos sonhos e descrevi tudo q queria, qdo entrei no apartamento decorado lembro de ter falado sem querer :nossa esse ap é dos sonhos… no segundo eu fazia questão de uma varanda q pudesse colocar uma rede, novamente escrevi tudo q queria, qdo olhei pela sacada vi no apartamento vizinho uma rede pendurada, aí ja pensei: é esse… mesmo alguns dias depois eu olhava o apartamento e encontrava varias coisas q eu gosto, nível de detalhes! Surpreendente

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